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Torre de controle: investimento para garantir o futuro na logística

Publicado em 30/06/2020

*Por Ronaldo Lemes, diretor de operação na Sulista Logística

Seja bem-vindo ao novo normal.
Em apenas seis meses, fomos apresentados a um mundo completamente diferente do que estávamos acostumados. Passado o susto e a surpresa de saber que provavelmente nada mais será como antes, olhamos para dentro em busca de um futuro nos negócios.
No que diz respeito ao segmento logístico, hoje a principal missão é oferecer melhores atributos a preços ainda mais competitivos com boa gestão e ganho de qualidade em todo o processo. A cadeia de suprimentos é o coração das operações de uma empresa. Para tomar as melhores decisões, os gestores precisam ter acesso a dados em tempo real sobre esse fluxo. No entanto, as limitações do legado tecnológico podem interferir na meta de transparência de ponta a ponta.
Sairá na frente quem olhar para fora e se preparar para um mercado inteligente, que demanda por eficiência logística e alta performance operacional. Dentro deste cenário, a Torre de Controle (ou Centro de Controle Operacional – CCO) – um centro de decisão virtual que fornece visibilidade em tempo real e de ponta a ponta – surge como ativo importante ou, até, fundamental. As torres de controle se tornaram o centro nervoso das operações, onde a análise preditiva deve ajudar as empresas a melhorar a previsão de demanda, para que possam reduzir, ou gerenciar melhor, a volatilidade, aumentar a utilização de recursos e oferecer conveniência ao cliente a um custo otimizado.
Uma “torre” típica é, na verdade, uma sala física composta por uma equipe de analistas de dados que trabalha em tempo integral, 24 horas por dia, sete dias por semana, monitorando uma parede de telas de alta definição, também chamados dashboards. As telas fornecem informações em tempo real em todas as etapas da cadeia de suprimentos, desde o pedido até a entrega. Os alertas visuais avisam sobre os desvios entre previsto e realizado e gargalos no processo antes que eles aconteçam. Assim, as equipes na linha de frente podem corrigir rapidamente possíveis problemas antes de se tornarem reais.

 

Torre de controle na Sulista

Na Sulista, atuamos desde 2014 com um Centro de Operações. Montamos um time de especialistas na área de transportes, com foco em operações Just in Time. Passamos a operar 24hrs por dia, 365 dias por ano, com escala em três turnos. Dessa forma garantimos maior produtividade dos ativos nas operações de coleta/entrega e transferências, maior controle dos custos e maior rentabilidade nas operações. Essa ação trouxe sinergia para a equipe, pois através da unificação das áreas operacionais, o trabalho acontece de forma integrada.

O velho formato de acompanhar, controlar e medir ficou para trás. Já não havia espaço para soluções superficiais antes da pandemia. Hoje, a empresa logística tem que identificar imediatamente com quem fala e as necessidades do motorista, promover ganhos reais em otimização de rotas, arranjos e logística reversa.

 

Relacionamento e investimento

Estamos vivendo a história. E, em muitos casos, fazendo história. Clientes e colaboradores devem se sentir próximos e o relacionamento deve ser o pilar fundamental para atuação neste mercado. Por isso, nos mantivemos atentos à inovação para buscar um melhor jeito de fazer, seja com benfeitorias operacionais no dia a dia, tornando a operação mais enxuta e produtiva, seja através de investimentos em tecnologia para automatizar processos, tornando-os mais dinâmicos, precisos e confiáveis em prol de maior produtividade.
No que diz respeito à tecnologia, iniciamos um processo de automação há mais de duas décadas, com software de gestão empresarial transacional (SAP). Em 2013, a busca de melhor performance e produtividade das operações demandou a implantação de Sistema Integrado de Gestão Empresarial (ERP), além de um Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS). Era o início de uma base de dados consistente. Recentemente, inovamos mais uma vez, e lançamos um aplicativo para acompanhamento de embarques. Chamado de “A Informação na Palma da Mão”, ele possibilita ao cliente acompanhar o percurso de sua carga on-line.
O nível de atendimento melhorou, passamos a oferecer ainda mais qualidade nas informações e pontualidade nas entregas. Além disso, reduzimos deslocamentos vazios e, consequentemente os custos e estamos muito mais ágeis para tomar decisões e, também, no fluxo de informações. 
Nos sentimos prontos para o futuro e estamos abertos para conceitos antes não discutidos no setor logístico. Parcerias entre concorrentes, troca de saberes, oferta de serviços para quem precisa são exemplos de uma nova forma de fazer negócios. Em nosso segmento, a parceria entre integrantes da cadeia de logística e suprimentos parte do princípio de que o supply chain funciona como uma corrente onde cada elo colabora para facilitar o trabalho do elo anterior e do elo posterior. Assim, a corrente fica mais rápida, mais segura e mais barata. E você, está preparado para o futuro?

 

Ronaldo Lemes é diretor de operação na Sulista Logística

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