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Amazon inicia venda direta no Brasil e abala o comércio eletrônico; logística é o nome do jogo

 

Publicado em 22/01/2019

 
A AMAZON iniciou hoje (22/01) a venda de 11 categorias de produtos, incluindo 4 inéditas no país: brinquedos, bebês, beleza e cuidados pessoais. A expansão coloca a varejista em outro patamar no mercado nacional, e pode ser considerada uma ameaça a nomes consolidados, como B2W e Magazine Luiza.
 
Compras no site da Amazon terão FRETE ZERO acima de R$ 149 em todo o Brasil. Há também opções de entrega rápida. 
 
O frete grátis é uma estratégia de chegada e não deve permanecer por muito tempo, pois afeta as margens do negócio. A mudança é possível a partir da abertura do novo Centro de Distribuição da companhia, localizado em Cajamar, na Grande São Paulo. 
 
A ação agressiva da AMAZON derrubou ações na Bolsa. A Luiza caiu 4,13% nesta segunda-feira; a B2W, 3,26%; a Via Varejo, 1,64%. A expansão da AMAZON deve ampliar a concorrência do comércio eletrônico no país, com benefícios aos consumidores.
 
AMAZON é a empresa mais valiosa do mundo, com U$ 810 bilhões.
 
Os gargalos logísticos do Brasil apontam que o país não está pronto para a batalha global do e-commerce: O serviço de Correios brasileiro é um desastre e, a Alfândega, idem. Há muito a fazer em infraestrutura de estradas, ferrovias, aeroportos, e principalmente no âmbito da caótica segurança pública. Custos de distribuição aumentam exponencialmente com escoltas, seguros e gerenciamento de risco das entregas.
 
A especialidade da Amazon, o que a fez se destacar dentre as outras e se tornar uma das cinco gigantes mundiais da tecnologia, é justamente LOGÍSTICA. A capacidade de receber um pedido e entrega-lo até no dia seguinte. Às vezes, no mesmo dia. O desafio brasileiro é gigante, e a Amazon também. Será uma jornada fantástica.
 
 
Luís Eduardo Ribeiro

Por Luís Eduardo Ribeiro

É Gerente Regional de Operações da Martin Brower, líder global em soluções logísticas de ponta a ponta para redes de restaurantes. Ao longo da carreira, liderou a supply chain de empresas como DHL, Carrefour, Ponto Frio, bioMérieux etc. Em 2016, planejou e executou a logística de alimentos para as Olimpíadas RIO-2016. Recebeu Moção de Reconhecimento da Assembleia Legislativa do RJ pelos serviços prestados como Administrador de Empresas. Foi eleito Profissional de Logística do Ano pela Revista MundoLogística.

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