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Máquinas e pessoas: os dois elementos mágicos da Logística 4.0

 

Publicado em 05/02/2018

O grande desafio atual das operações logísticas é obter a completa visibilidade da sua cadeia de fornecimento, de fornecedores a clientes. Estima-se que 70% das empresas experimentaram pelo menos um tipo de interrupção no ano passado, de desastres naturais a falhas de fornecedores, passando por greves ou falta de motoristas de caminhão (sim, faltam motoristas de caminhão na aquecida economia norte-americana).

Fica cada vez mais claro que o sucesso de qualquer organização começa com um controle da saúde de sua Supply Chain. Como iniciar esta tarefa?

Hoje, as empresas têm mais recursos e tecnologia do que nunca para gerenciar seus processos logísticos. Então, por que um recente relatório do Business Continuity Institute afirma que dois terços deles não têm visibilidade de ponta a ponta nas cadeias de suprimentos? O controle de fornecedores, por exemplo, é necessário não apenas pelo risco de não fornecimento, mas passa também pela crescente preocupação com ocorrências de trabalho escravo, não cumprimento de leis etc. Hoje, tecnologias em Blockchain são um caminho para melhor rastreabilidade da rede de fornecedores.

Para permanecer competitivas, as empresas precisam da tecnologia, processos e sistemas para identificar onde os produtos são e redirecioná-los rapidamente em todo o mundo. Mas a tecnologia é apenas uma peça da solução. Quão útil é a visibilidade total se você não conseguir gerenciar a enorme quantidade de dados produzidos? Será importante se você receber atualizações de fornecedores em tempo real se a informação for errada? Existe uma enorme quantidade de dados disponíveis das linhas de fabricação ao chão do armazém, que podem gerar melhorias operacionais reais.

Uma melhor abordagem consiste em combinar a tecnologia certa com o capital humano para estabelecer e apoiar processos de logística efetivos. Como assim?

A cadeia de abastecimento moderna precisa de uma ferramenta “sempre ligada” avaliando o risco e servindo sugestões antes do desastre ocorrer. As pessoas, no entanto, ainda precisam se alinhar em processos e decisões, colocá-las em ação e reagir às consequências. A dependência exclusiva das tecnologias emergentes para a tomada de decisões não será a solução: as cadeias de suprimentos ainda precisam do elemento humano, talvez mais do que nunca.

Será a combinação de humanos e máquinas – não apenas máquina – que fará a diferença entre sucesso ou desagregação para a organização de agora e do futuro. Ao garantir as estratégias, técnicas, tecnologia e talentos adequados, as cadeias de fornecimento podem avançar na direção certa e promover o sucesso, mesmo quando os desastres ocorrem.

Luís Eduardo Ribeiro

Por Luís Eduardo Ribeiro

É Gerente Regional de Operações da Martin Brower, líder global em soluções logísticas de ponta a ponta para redes de restaurantes. Ao longo da carreira, liderou a supply chain de empresas como DHL, Carrefour, Ponto Frio, bioMérieux etc. Em 2016, planejou e executou a logística de alimentos para as Olimpíadas RIO-2016. Recebeu Moção de Reconhecimento da Assembleia Legislativa do RJ pelos serviços prestados como Administrador de Empresas. Foi eleito Profissional de Logística do Ano pela Revista MundoLogística.

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