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Tripé Logístico: três condições básicas para alta competitividade em logística

 

Publicado em 19/07/2017

Três condições podem ser consideradas essenciais para transformarmos a função logística em um diferencial de competitividade para as empresas.

A esses três elementos atribuirei o nome de “tripé” logístico: (1) capacidade de desenvolver e implantar soluções inteligentes em logística, (2) capacidade de executar e gerenciar a performance, de forma consistente e , por fim, (3) a capacidade de custear e lidar com os custos, mantendo-os em patamares competitivos.

A capacidade de desenvolver e implantar soluções inteligentes é fundamental para a inovação da sua empresa, no vasto campo coberto pela logística, que engloba as atividades de transportes (importação e exportação, transferência entre Fábricas e Centros de Distribuição, distribuição, etc.), movimentação e armazenagem de materiais (matérias-primas e outros insumos produtivos, MRO, material promocional, produtos acabados, peças de reposição, etc.), gestão de estoques, administração de pedidos, etc. Sem a engenharia logística, estaremos sempre um passo atrás de nossos melhores concorrentes, usufruindo apenas de parte dos possíveis benefícios obtidos pelas empresas pioneiras e visionárias. A engenharia logística é responsável por identificar, desenvolver e implantar soluções distintas das de seus concorrentes, de forma a criar algum tipo de vantagem competitiva para a sua empresa.

 

Outra importante parte do tripé, e talvez a mais desenvolvida e “enraizada” em nosso dia a dia, é a capacidade de executar e gerenciar a rotina operacional, garantindo o nível de desempenho acordado com os clientes internos e externos. Ainda falta muito para aquilo que pode ser considerado “melhor prática”, em função de ainda priorizarmos ações corretivas, comportando-se como verdadeiros “bombeiros” diante do contínuo e insistente sobe-e-desce verificado nos indicadores de desempenho, ao invés de balancearmos nosso foco e a nossa atenção entre as esferas estratégica, tática e operacional.

Por fim, precisamos ser especialistas em custos. É necessário saber calcular, saber alocar e saber agir de forma a mantê-lo em patamares “saudáveis” para o negócio da sua empresa. Calcular parece ser simples, e normalmente é; não reside aí o principal desafio. Alocá-lo corretamente é um degrau a ser superado pela grande maioria das empresas, que distribuem os custos através de simples rateios, não levando em conta a representatividade das atividades consumidas e o grau de complexidade da operação em cada unidade de negócio, canal de distribuição ou cliente. A cobrança por resultados efetivos coloca o profissional de logística em uma grande gangorra, que ora pende para o nível de serviço, ora pende para os custos operacionais. Difícil mantê-la equilibrada.

O tripé logístico se complementa. As três competências, interagindo corretamente entre si, produzirão resultados excepcionais. O equilíbrio no tripé será fundamental para colocá-lo em posição de vantagem no mercado. Cuidado ao construir um modelo desproporcional.

Analise a situação particular da sua empresa. Aprofunde-se em sua estrutura e funcionamento. Entenda os porquês por detrás da situação atual. Saiba, claramente, onde você e sua equipe querem chegar. Finalmente, trace um meticuloso plano de ação, detalhando atividades-chave, responsáveis, prazos e fatores críticos de sucesso.

Arregace as mangas, mentalize o seu sucesso adiante e trabalhe muito para chegar lá!

Marco Antonio Oliveira Neves

Por Marco Antonio Oliveira Neves

Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

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