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ABOL propõe soluções para melhorar transporte aéreo de cargas no Brasil

Após fazer um levantamento com os principais problemas envolvendo os terminais de cargas, como Guarulhos e Campinas, a associação trouxe medidas para aumentar a eficiência dos empreendimentos

Publicado em 31/01/2025 — por Redação
ABOL propõe soluções para melhorar transporte aéreo de cargas no Brasil
Imagem ilustrativa (Foto: Shutterstock)

A Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) mapeou os principais entraves que dificultam o crescimento do transporte aéreo de cargas e apresentou soluções para melhorar o setor. O objetivo é evitar que os operadores logísticos deixem de oferecer esse serviço devido a obstáculos estruturais.

Desde o final do ano passado, o acúmulo de mercadorias no terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos, administrado pela GRU Airport, tem gerado impactos operacionais e financeiros para os OLs.

Segundo a associação, a greve dos servidores da Receita Federal, iniciada em novembro, resultou na retenção de mais de 55 mil remessas expressas nos aeroportos de Viracopos (Campinas/SP) e Guarulhos (SP). A demora na liberação de cargas aumentou os custos com armazenagem e segurança.

As propostas elaboradas pela ABOL foram apresentadas no mês de janeiro a representantes do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

SOLUÇÕES PARA MELHORAR TRANSPORTE AÉREO DE CARGAS

Na ocasião, também foram apontados problemas específicos na liberação de cargas em Guarulhos, como armazéns dispersos dificultando a gestão e localização das cargas; atrasos excessivos para retirada de cargas, chegando a 10 dias, ao invés das esperadas 24 horas; cargas perecíveis vencendo, devido a processos demorados de liberação para armazenagem; e perdas de produtos sem ressarcimento.

De acordo com a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha, foi a primeira vez que a associação conseguiu levar a perspectiva dos Operadores Logísticos em relação ao trabalho realizado dentro de terminais de carga em aeroportos. Atualmente, os OLs, que atuam com o setor aéreo, estão nesses locais ou dependentes de aeronaves comerciais para transportar os seus produtos.

As mercadorias, geralmente, incluem itens expressos, do e-commerce, medicamentos, e partes importantes de equipamentos e máquinas para a cadeia produtiva. A variedade costuma aumentar, assim como a demanda e o volume geral.

“Observamos uma demanda reprimida por esse modal, uma vez que outros nichos e segmentos da cadeia produtiva poderiam ser beneficiados, mas não o são porque há problemas estruturais importantes que precisam ser endereçados, como deficiências de infraestrutura e capacidade, e também de cunho regulatório e contratual no que se refere à administração aeroportuária, além de falta de oferta de aeronaves e cias aéreas, entre outros”, disse.

Ela destacou que esse foi o momento de levar as dificuldades de cunho operacional e de infraestrutura, assim como mercadológicos. “É necessário que os contratos futuros de concessão contem com cláusulas mais específicas sobre como os terminais de carga serão oferecidos para o mercado. Temos todo o interesse em contribuir com o desenvolvimento desses aeroportos e de outros que também são logisticamente estratégicos para o Brasil.”