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DHL revela que 90% dos profissionais de logística consideram a tecnologia fundamental para a função

Publicado em 10/02/2022

Com a opinião de mais de 7 mil entrevistados, estudo “Futuro do Trabalho em Logística” afirma que o envelhecimento da população e a escassez de mão de obra afetam as cadeias globais de abastecimento

Por Redação


Foto: Shutterstock

A DHL divulgou relatório de tendências “O Futuro do Trabalho em Logística”, que apontou que 9 a cada 10 profissionais de Logística consideram a tecnologia como fundamental para a própria função.  Pela primeira vez na história, o número de profissionais nativos digitais começa a superar os profissionais da era analógica, gerando uma aceleração na mudança de valores corporativos. Ao todo, foram entrevistados mais de 7 mil profissionais.

Conforme o relatório, a geração Y e a geração Z estão impulsionando o setor de logística a atender às novas expectativas em temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão, bem-estar dos funcionários e ambientes de tecnologia avançada. Com o aumento da digitalização e do uso de automação e Inteligência Artificial (AI), o impacto é significativo em empregos e locais de trabalho em indústrias em todo o mundo.

No documento, a DHL examina como o conceito de trabalho - funções, responsabilidades, sistemas, cronogramas, ferramentas e ambientes - mudará na próxima década. De acordo com o estudo, o setor de logística enfrenta uma crescente escassez de mão de obra e uma guerra por talentos, o que faz com que as organizações precisem implementar estratégias para atrair, reter, desenvolver e motivar os trabalhadores na era digital. 

Segundo Matthias Heutger, vice-presidente sênior e diretor de inovação global da DHL, apesar de 90% dos entrevistados consideram que a tecnologia tem sido útil para suas carreiras, mais da metade deles admitem ver a IA e a automação como uma ameaça potencial.

“É uma grande oportunidade para empresas e governos agirem de forma rápida e colaborativa para aliviar preocupações, fornecendo estratégias transparentes e demonstrando o sucesso de ambientes de trabalho que combinam esforços humanos e mecânicos.” – Matthias Heutger, vice-presidente sênior e diretor de inovação global da DHL.

Foram ouvidos mais de 7 mil profissionais da indústria de logística e cadeia de suprimentos. Para conferir a primeira parte do estudo disponível em formato digital, basta acessar o site oficial.

A DIGITALIZAÇÃO DO TRABALHO

Os especialistas não preveem que o setor de logística irá migrar rápida e drasticamente do trabalho humano para a automação completa. Provavelmente, haverá um período gradual de mudança de mais de 30 anos em que a tecnologia apoiará diversas funções exercidas por pessoas, em vez de competir com elas. Além disso, permanece a questão da aplicação desigual de tecnologias em diferentes países do mundo, com alguns implantando mudanças mais lentas ou menos profundas.

Thomas Ogilvie, diretor de Recursos Humanos da Deutsche Post Group, DHL, ressalta que a digitalização já está mudando fundamentalmente as maneiras de viver e fazer negócios. Nesse sentido, a pandemia de Covid-19 apenas acelerou a execução dos planos que as empresas haviam imaginado.

“Presumimos que 30-35 por cento de todas as atividades poderiam ser automatizadas até 2030. No entanto, acreditamos firmemente que a maior parte de nossa criação de valor continuará a ser fornecida por pessoas. Não há dúvida de que certos empregos vão mudar, mas o emprego vai ficar. O que isso nos diz é que a aprendizagem ao longo da vida é mais do que nunca a chave para o sucesso na era digital.” – Thomas Ogilvie, diretor de Recursos Humanos da Deutsche Post Group, DHL.

A maioria dos entrevistados disse que deseja realizar atividades no escritório em tempo parcial ou integral, com 6 em cada 10 colaboradores querendo trabalhar remotamente pelo menos uma vez por semana, em comparação com 5 em cada 10 que gostariam de permanecer no escritório. As organizações da cadeia de suprimentos devem considerar maneiras de tornar o trabalho flexível mais acessível por meio de novas políticas e tecnologias de RH, como a teleoperação.

“É importante perguntar aos funcionários como se sentem e o que desejam”, destaca Sabine Mueller, CEO da DHL Consulting. “Confiamos muito neste feedback para introduzir horários e ambientes mais flexíveis e para desenvolver novas formas de trabalho habilitadas pela tecnologia. Também nos concentramos em práticas de relações humanas, como momentos que importam, para que os funcionários se sintam cuidados tanto funcionalmente quanto emocionalmente.”