
A Dow iniciou a implementação de um projeto de intermodalidade em São Paulo, que inclui, pela primeira vez, a utilização do modal ferroviário para o transporte de insumos da empresa no Brasil. Nesta primeira fase, o projeto está focado em uma rota que vai até a planta da Dow em Hortolândia e ao armazém da empresa em Paulínia, no interior de São Paulo.
De acordo com a companhia, o contrato assinado com as empresas MRS Logística, Contrail Logística e DP World Brasil prevê o transporte dos contêineres que chegam no Porto de Santos até a operação e o armazém da Dow.
A Contrail Logística é a responsável por gerenciar o sistema integrado de logística entre as diversas empresas, além de administrar o Terminal Intermodal de Jundiaí (TIJU). Na operação, os contêineres desembarcam no terminal marítimo operado pela DP World Brasil no Porto de Santos e passam pelo desembaraço aduaneiro na DSV – Global Transporte e Logística. De lá, seguem pela ferrovia operada pela MRS Logística até o TIJU, onde são acomodados em veículos da Contrail Logística com destino à operação da Dow.
Segundo o diretor de Transporte Rodoviário, Armazéns e Intermodalidade da Dow para América Latina, Bruno Goya, a ideia é ampliar esse modal como uma opção logística, contribuindo para as melhores práticas da indústria química. “A intermodalidade permite usufruir do melhor de cada um dos modais, escolhendo a opção mais vantajosa para cada trecho de acordo com a velocidade na entrega e a sustentabilidade”, analisou.
SUSTENTABILIDADE
De acordo com a empresa, a transição para soluções logísticas verdes é um passo estratégico para a Dow, alinhando-se com os compromissos globais de sustentabilidade. Entre eles, a meta de redução das emissões líquidas de carbono em 5 milhões de toneladas até 2030, em comparação com a base de 2020. O projeto estima a redução de 45% das emissões de CO2 da Dow por ano nas rotas selecionadas.
Apesar do desafio de expansão da malha ferroviária brasileira, cresce o interesse das organizações em investir nesse modal, que atualmente representa cerca de 27% do transporte de cargas no Brasil. Para o gerente Comercial de Carga Geral na MRS Logística, Marco Dornelas, o segmento de contêineres é um dos principais alvos de crescimento da empresa, que busca cada vez mais diversificar as cargas transportadas na ferrovia.
“O transporte ferroviário reduz custos logísticos, diminui significativamente a gestão de prestadores de serviços, já que um trem, em média, transporta o equivalente a 40 caminhões, aumenta a segurança operacional e contribui para a sustentabilidade. Projetos como o da Dow mostram o potencial do modal em criar valor para toda a cadeia de suprimentos”, destacou Dornelas.