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Em três anos, Governo Federal concluiu 280 obras para melhorar infraestrutura de transporte

Publicado em 04/07/2022

Operações de melhoria contemplam projetos em aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e portos; neste ano, foram 43 entregas e R$ 2,3 bilhões investidos

Por Redação


Foto: KPMG

No fim da semana passada, o Ministério da Infraestrutura divulgou o balanço semestral das entregas realizadas pela pasta nos primeiros seis meses deste ano. De acordo com os dados, desde 2019, foram 280 entregas, envolvendo projetos em aeroportos, ferrovias, rodovias, hidrovias e portos.

Foram 43 empreendimentos entregues no primeiro semestre deste ano: 34 no modal rodoviário, seis no aeroportuário, dois no hidroviário e um no ferroviário. Ao todo, 630,3 quilômetros de rodovias foram duplicados, pavimentados e restaurados. As melhorias executadas no período somam R$ 2,3 bilhões em investimentos públicos e privados.

Entre 2019 e 2022, foram 4,7 mil quilômetros de rodovias federais renovadas. Aproximadamente R$ 1,1 bilhão foi investido em aviação regional, com o objetivo de levar conectividade para os municípios com demanda reprimida no segmento.

No Norte, por exemplo, o Ministério da Infraestrutura destacou a Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4) de Cai n’Água (RO), para facilitar o escoamento de cargas e o transporte hidroviário de passageiros entre as cidades de Porto Velho (RO) e Manaus (AM) pelo Rio Madeira.

Já no Centro-Oeste, a pasta entregou um terminal ferroviário em Rio Verde (GO) para compor a infraestrutura da Ferrovia Norte Sul (FNS), além de viabilizar o primeiro trecho da Malha Central entrando em operação para atender Goiás e Mato Grosso. No Nordeste, foram realizadas obras de dragagem no Porto do Recife (PE) para que navios com maior capacidade de transporte de cargas possam circular na região, incrementando a movimentação em 25%.

Desde 2019, a região Sudeste recebeu investimento de R$ 7,1 bilhões para infraestrutura, seja com recursos públicos ou por meio de parcerias com a iniciativa privada. Desse valor, aproximadamente R$ 4 bilhões contemplam especificamente duplicações, pavimentações e revitalizações em obras como a revitalização de 171 quilômetros na BR-262/ES, entre os municípios de Viana e Conceição do Castelo e a duplicação de 57,9 quilômetros da BR-381/MG, entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

Na região Sul, o Governo Federal investiu aproximadamente R$ 5,7 bilhões, desde 2019, em obras no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No período, foram concluídos 72 projetos, dos quais 52 são destinados ao setor rodoviário e somam R$ 4,1 bilhões.

Os aportes contemplam as obras como a Estrada Boiadeira (BR-487/PR), que liga Porto Camargo (MS) à Serra dos Dourados (PR) em um trecho de 46 quilômetros. Dos quatro lotes previstos, dois já foram concluídos. Ao todo, o investimento é de R$ 540 milhões.

O trabalho se soma a outros já concluídos, como a duplicação de 20 quilômetros da BR-163/RS, entre Toledo e Marechal Cândido Rondon (PR), entregue em 2019, e a duplicação do Contorno de Pelotas, na BR-116/392, obra dividida em dois lotes – o primeiro, de 11 quilômetros, entregue em 2018 e o segundo, com 12,7 quilômetros, neste ano.

Para o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, as entregas reforçam o compromisso da gestão com os brasileiros das cinco regiões, e com a urgência de modernizar o setor de infraestrutura e equilibrar a matriz nacional de transportes, fazendo com que o Brasil cresça de forma eficiente e sustentável. “São obras estruturantes, fundamentais para integrar um país continental, trazendo mais conectividade e segurança, facilitando a movimentação de cargas, impulsionando a economia e transformando a vida da população”, avaliou Sampaio, ao apresentar o balanço do semestre.

CONCESSÕES

Desde o início da gestão, foram leiloados 84 ativos e contratados mais de R$ 99,4 bilhões, que devem gerar cerca de 1,5 milhão de empregos no decorrer dos contratos. Neste semestre, foram cinco leilões, que garantiram R$ 12,5 bilhões em investimentos e R$ 161 milhões em outorgas.

Como a primeira desestatização portuária do Brasil, o leilão da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) assegurou R$ 335 milhões em investimentos privados para o setor. O processo servirá de modelo para as concessões dos portos de Santos (SP), São Sebastião (SP) e Itajaí (SC), previstas para serem realizadas até o fim do ano.

No setor rodoviário, a Rio-Valadares (BR-116/493/465/RJ/MG), que liga a capital do Rio de Janeiro ao município mineiro de Governador Valadares, foi concedida à iniciativa privada. Conforme publicado pela MundoLogística, nos próximos 30 anos, serão investidos R$ 11,3 bilhões nos 726,9 quilômetros de extensão do sistema rodoviário.

Ainda neste semestre, teve início a operação da maior concessão rodoviária da história, a das rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos, que garantirá R$ 14,8 bilhões em investimentos privados ao longo das três décadas de duração do contrato.

No acumulado da gestão, 34 aeroportos foram arrematados em leilões bem-sucedidos e receberão mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados nos próximos anos. Seguindo o mesmo modelo, a sétima rodada de leilões aeroportuários, marcada para 18 de agosto, deverá injetar mais R$ 7,3 bilhões em recursos na modernização de mais 15 terminais aéreos.

“Quando olhamos nosso horizonte temporal, atingimos uma meta relevante, com muita dedicação do lado público e com o reconhecimento, a confiança e a segurança do setor privado sobre o que temos feito para chegar neste resultado”, destacou o secretário-executivo do MInfra, Bruno Eustáquio.

Para 2022, estão previstas concessões de 38 ativos e a renovação antecipada de um, totalizando mais R$ 100 bilhões em investimentos.