Protocolos e tecnologia: setor de cloro-álcalis reduz índice de acidentes no transporte
Publicado em 26/05/2022
No ano passado, ocorrências caíram 80%, com índice de 0,20 a cada 10 mil viagens realizadas; consultor técnico da Abiclor ressaltou o desafio de reduzir ainda mais o número de acidentes
Por Christian Presa, com informações de Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
Dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), as ocorrências de acidente no transporte de produtos da indústria de cloro-álcalis caíram 80% no ano passado. A cada 10 mil viagens, o índice de acidentes ficou em 0,20 – em 2005, quando a pesquisa foi feita pela primeira vez, esse índice era superior a 1.
A Abiclor revela que a queda nas ocorrências é um reflexo dos protocolos adotados tanto pelas empresas do setor, quanto pelas transportadoras. Segundo a associação, trata-se de um pacto coletivo da Abiclor com a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Associquim (Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos) e ABTLP (Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos).
De acordo com o consultor técnico da Abiclor, Gilberto Marronato, o desafio do segmento é alcançar índices ainda menores de acidentes, aproximando-se cada vez mais do zero.
“Pensar em segurança é uma atitude observada em muitos envolvidos no processo da expedição e transporte dos produtos cloro-álcalis, envolvendo tanto os responsáveis, quanto os que gerenciam e atuam na operação do processo. Dessa forma, o "querer fazer" e o "saber fazer" o trabalho com segurança foram atitudes e ações bastante reforçadas inicialmente no setor químico e depois ampliadas para abranger os transportadores de produtos químicos.” – Gilberto Marronato, consultor técnico da Abiclor.
O especialista cita as iniciativas de Atuação Responsável, Distribuição Responsável e o Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade (SASSMSQ). Além disso, a diminuição do número de acidentes também está relacionada à parceria entre a Abiclor e a ABTLP, que desde 1998 atuam para aumentar a eficácia dos programas de segurança.
No Brasil, a Abiclor e a ABTLP possuem acordos de cooperação com as já citadas Abiquim e Associquim, além do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e demais autoridades e órgãos ambientais. No exterior, a associação conta com o apoio do Chlorine Institute dos Estados Unidos e Canadá, a Euro Chlor da Europa e o World Chlorine Council. “Muitas das práticas da Abiclor têm origem nestas instituições”, ressalta Marronato.
TECNOLOGIA E SEGURANÇA NO SETOR DE CLORO-ÁLCALIS
Além dos acordos com outras entidades brasileiras e estrangeiras, o consultor técnico da Abiclor destaca a atenção dos expedidores e transportadores de produtos cloro-álcalis para a incorporação de inovações tecnológicas – tanto nas práticas, quanto nos equipamentos.
“Podemos citar como exemplos a renovação da frota de veículos no decorrer do tempo, que incorpora novos itens tecnológicos, aumentando a segurança no transporte, o uso da tecnologia para a definição de rotas e acompanhamento dos veículos, e o uso de inovações que agilizam a expedição.” – Gilberto Marronato, consultor técnico da Abiclor.
SETOR DE CLORO-ÁLCALIS E A ECONOMIA BRASILEIRA
Atualmente, a Abiclor estima que a produção brasileira de cloro represente 60% do mercado na América Latina. Especificamente no Brasil, o setor corresponde a 1% do PIB nacional.
O produto resulta em uma série de derivados, como policloreto de vinila (PVC), fortemente utilizado na construção civil, água sanitária e produtos à base de cloro que protegem lavouras – o que assegura o fornecimento de grãos e vegetais.