Fabiana Wu, gerente de RFID da Avery Dennison para a América Latina, aponta vantagens em atender exigências de transparência, rastreabilidade e redução dos desperdícios no segmento
Por Redação
Para a executiva, rastreabilidade e prevenção de perdas são pontos que motivam o setor de alimentos a aderir soluções (Foto: Divulgação)
Segundo dados do IBGE, 30% dos alimentos produzidos acabam sendo descartados. Por conta disso, tecnologias de identificação digital, como o RFID, com capacidade de conexão do mundo físico ao digital — da matéria-prima ao alimento disponibilizado em gôndola — podem ajudar a superar esse desafio.
Quem reforçou isso é Fabiana Wu, gerente de RFID da Avery Dennison para a América Latina. Segundo a executiva, as questões de rastreabilidade e prevenção de perdas são os principais pontos que motivam o setor de alimentos a aderir essas soluções.
“O rastreamento em tempo real, por meio de etiquetas RFID, permite que as cadeias de suprimentos tenham uma gestão efetiva, monitorando armazéns, centros de distribuição e estoques”, ressaltou. “Essa inteligência tecnológica, além da transparência nos processos, em conformidade com as diferentes exigências – legais, sanitárias e da própria demanda de consumo – estabelece uma possibilidade direta de reduzir as taxas de desperdício.”
OS DESPERDÍCIOS, EM NÚMEROS
Ocupando o 10º lugar no ranking de países que mais desperdiçam alimentos no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil descarta cerca de 46 milhões de toneladas de alimentos todos os anos, o que representa, em termos econômicos, um valor estimado em R$ 61,3 bilhões.
Outro recorte, presente em relatório elaborado pela Avery Dennison, demonstrou que a cadeia de suprimentos das empresas que ainda não adotaram medidas de gerenciamento eficientes vivencia um período crítico, com desperdícios de estoques correspondendo a um prejuízo anual na casa dos US$ 160 bilhões. Os dados consideram a participação de mais de 300 empresas e cerca de 7,5 mil consumidores globais em segmentos como alimentos, beleza, vestuário, automotivo, saúde e produtos farmacêuticos.
“Se a indústria de alimentos tem produzido mais e atendido às preferências de consumo, é preciso investir em soluções inteligentes capazes de reduzir as perdas, de modo que as operações sigam totalmente de acordo com as frentes de atuação positiva dessas companhias. Os consumidores esperam que esse tipo de atitude venha das donas das marcas, impactando, entre outros fatores, no enfrentamento da crise climática que estamos atravessando. Muitos dos nossos materiais contam agora com a tecnologia SmartFace, uma das soluções de UHF RFID mais sustentável”, destacou Fabiana.