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Otimização é uma busca pela excelência

Publicado em 18/01/2021


*Por Rafael Kessler



Em logística, otimizar significa movimentar os volumes atuais em menor tempo ou com menos recursos, ou armazenar mais com a estrutura existente. Mas quando se fala em excelência, o tema fica mais complexo, pois não existem padrões universais ou benchmarks logísticos fora das grandes corporações.
Diferente da qualidade e da ferramenta Seis Sigma, as ‘não-conformidades’ ou falhas são de medição e registro mais complexo. Proponho neste artigo uma reflexão sobre as variáveis que se aplicam à medição do desempenho de operações logísticas e como atribuir peso a estas variáveis, em função dos desafios que temos pela frente no futuro muito próximo.

A pandemia acelerou muitas mudanças e trouxe a imprevisibilidade para seu planejamento. A palavra de ordem passa a ser versatilidade – como a solução que você escolheu irá se adaptar em condições operacionais diversas?
O processo de planejamento e execução de melhorias logísticas deverá levar em conta os tradicionais fatores de custo (investimento e operação); escalabilidade e replicabilidade; robustez e manutenibilidade; facilidade de operação; segurança, saúde e meio ambiente.

Você irá selecionar e comparar vários fornecedores, parceiros e prestadores de serviço para as atividades de arquitetura logística, construção ou locação de depósito, estrutura de armazenagem, equipamentos de movimentação, equipamentos de segurança.
Com o surgimento da imprevisibilidade, é sua obrigação, juntamente com seus parceiros, desenvolver cenários de volumes menores, volumes maiores, operação em lugares remotos, e olhar para os desafios associados à qualificação de mão-de-obra, localização de área, manutenção e aproveitamento de equipamentos e estruturas de armazenagem, no caso de relocação.

Pesquise qual é o padrão de excelência para cada um dos cenários e monte planos de contingência, identificando o que será necessário para fazer a transição entre o cenário inicial para o outro cenário. Diferente do passado recente, por vezes pode ser mais inteligente optar pela solução mais flexível do que a solução mais eficiente.

Talvez o maior alerta aqui seja ir além de quem apenas fornece as soluções tradicionais, e buscar quem possa trazer tecnologia ou desenvolver tecnologia junto com você para estes tempos voláteis. Ou, ainda melhor, que tenha uma área de desenvolvimento aberta a continuar construindo soluções que ainda não existam ao longo da vida de sua operação.

Concluindo, o desafio para o futuro é ter próximo de você parceiros que tenham know-how e estrutura de projeto, que tenham conhecimento transversal e possam contribuir com melhores práticas de outros mercados e outros países, proporcionando inovações além de softwares e da automação. Por incrível que possa parecer, ainda há muito o que fazer no campo da estrutura metálica, da mecânica e da hidráulica.

 


Rafael Kessler é diretor comercial da Combilift no Brasil

 

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