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Alta no setor de transporte estimula transportadoras a aproveitarem cenário

Publicado em 16/11/2021

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), segmento cresceu 1,3% em 2021; executivo explicam que investimento em novas tecnologias e gestão inovadora contribuíram para o resultado positivo


Foto: Divulgação

Mesmo diante do cenário de incertezas causado pela pandemia de Covid-19 ao redor do mundo, o segmento de logística no Brasil tem caminhado em crescimento contínuo. O modal rodoviário lidera a movimentação de cargas no Brasil: segundo dados levantados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a frota no país chegou a 107,2 milhões de veículos em 2020.

Considerando o ano anterior, o levantamento Radar CNT do Transporte apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do transporte cresceu 3,6% em volume no primeiro trimestre de 2021. Além disso, o segmento superou o crescimento nacional neste mesmo período, quando comparado ao ano passado – o setor de transporte cresceu 1,3%, enquanto o crescimento nacional foi de 1%.

De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o transporte de cargas no país – considerando todos os modais – foi maior no ano de 2020, quando comparado ao de 2019. No total, foram 1.771 bilhões de TKUs ante os 1.753 bilhões de TKUs do ano anterior, representando um aumento de 1%.

Em análise, o diretor executivo da Ghelere Transportes, Eduardo Ghelere, explica que muito desse desenvolvimento é fruto do grande investimento em novas tecnologias por parte das empresas de transporte, além de uma gestão inovadora e focada nos resultados operacionais. O gestor da transportadora situada em Cascavel (PR) explica que as empresas precisam saber inovar mesmo diante das adversidades e trazer novas possibilidades para as organizações.

“No ano de 2019, tínhamos muitos planos e projetos aqui na Ghelere, voltados para os próximos dois anos. Com a chegada do novo coronavírus, algumas empresas sentiram o impacto de forma mais agressiva e fecharam as portas, de modo que projetos com grandes clientes nossos, como a Heineken, acabaram se tornando mais desafiadores.” – Eduardo Ghelere.

Mesmo com uma série de planejamentos em xeque por conta dos imprevistos do ano anterior, o executivo afirma que a transportadora se ajustou bem e alcançou bons resultados, investindo fortemente em tecnologia. “Nossa equipe atualizou todos os processos e investimos mais pesado no programa de pontos de gameficação, além disso tornamos realidade nosso desejo de implementar placas fotovoltaicas em nossos caminhões, proporcionando uma sustentabilidade não só ambiental, como também financeira”, ressalta.

FUTURO PAUTADO NA TECNOLOGIA 4.0

Acompanhando as tendências de mercado, Ghelere aponta que o futuro da logística e do transporte está pautado nas tecnologias 4.0. “Mais da metade da nossa frota já conta com câmeras com inteligência artificial, que faz os apontamentos automáticos e segue direto para a gameficação”, afirma o empresário.

Eduardo destaca que, em termos estratégicos, é preciso pensar grande a longo prazo, focando no crescimento.

“Todo o restante anda atrás deste pensamento, costumo dizer que em movimento é possível ajustar e consertar as coisas, principalmente com uma equipe focada e uma gestão de resultado. Como empresário do transporte rodoviário de cargas, devemos estar atentos às tendências que aparecem no mercado, mas sempre as trazendo para o nosso cotidiano e entendendo como é possível implementá-las na transportadora. No TRC, nosso negócio é reduzir custos, aumentar eficiência e evitar acidentes, o restante é apenas consequência.” – Eduardo Ghelere.

Mesmo com um cenário positivo, o diretor executivo ressalta que as empresas de transporte não podem perder o foco, pois ainda há uma série de instabilidades para driblar, o crescimento da inflação e a economia parcialmente dolarizada. "Seria imprudente acharmos que seguimos crescendo de qualquer maneira, nós precisamos de muito foco, controle de custos e aproveitar as oportunidades", enfatiza Ghelere.

 

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