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Gestão de frotas pode reduzir perdas causadas pelo trânsito

Publicado em 08/09/2014

Para quem tem no carro ou na moto o seu ganha-pão, reduzir as perdas causadas pelo trânsito é um desafio constante. Para empresas que dependem de frotas para entregar seus produtos ou serviços, é uma questão de sobrevivência. Para minimizar esses prejuízos, as empresas de gestão de frotas desenvolveram diferentes soluções tecnológicas.  “Além da emissão de relatórios para a gestão de despesas, que são fundamentais para quem quer reduzir os gastos, algumas oferecem serviços de telemetria, por meio dos quais é possível rever rotas e realocar veículos já em trânsito. Outras apoiam seus clientes para entrar no mercado de créditos de carbono”, exemplifica Ricardo Albregard, presidente da Associação de Gestão de Despesas de Veículos (AGEV), que reúne empresas responsáveis por 95% desse mercado.

“A gestão das despesas com veículos permite uma redução de custos de até 40%, com uma média de 20% nos gastos com combustíveis e manutenção. Em um cenário tão adverso como o nosso, no qual o trânsito onera a frota leve urbana e as condições das estradas elevam os custos das frotas pesadas, o especialista em gestão de despesas se torna um apoio estratégico ao gestor de frotas empresariais”, completa Eleuvan Pereira e Silva, diretor da AGEV. A questão do trânsito tende a se tornar cada vez mais relevante para empresas que dependem de frotas motorizadas para vender e entregar seus produtos ou serviços. São Paulo, por exemplo, emplacou mais de 350 veículos novos por dia, em 2013.

Estudo divulgado recentemente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que, apenas no Rio e em São Paulo, o trânsito causou prejuízos superiores a R$ 98 bilhões em 2013 ou 2% da produção total do País. Segundo estimativas da entidade, as perdas relacionadas a trânsito, na capital paulista, chegam a R$ 69,4 bilhões ou 7,8% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) metropolitano. No caso do Rio de Janeiro, elas foram de R$ 29 bilhões ou 8,2% do PIB metropolitano, em 2013. Outro estudo, conduzido por Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getulio Vargas, mostrou que a despesa a mais com gasolina e com diesel, devido ao trânsito, chegou perto de R$ 10 bilhões em 2012, em São Paulo. Soma-se a isso o que a cidade deixou de ganhar nesse mesmo ano por conta do trânsito, nada menos do que R$ 30 bilhões, e foi alcançada uma cifra que corresponde a quase 1% do PIB do Brasil, no período.

“Não é por acaso que o valor que se deixa de ganhar é três vezes superior ao que é despendido com mais combustível. Tempo é dinheiro, especialmente quando falamos na prestação de serviços com hora marcada. Mais perto não é mais sinônimo de mais econômico”, destaca Albregard.

Estudo feito no Reino Unido mostrou que diminuir em 5% o tempo das viagens nas estradas poderia gerar uma redução de 2,5 bilhões de libras nos custos, o equivalente a 0,2% do PIB daquele país. 

Fundada em 2010, a AGEV reúne empresas que, juntas, respondem por 95% do atual mercado de gestão de frotas. Os produtos oferecidos pelas empresas do segmento proporcionam aos clientes a gestão eficiente de despesas de veículos, por meio de dados imputados em sistemas de gestão, mediante a utilização de meios eletrônicos, quando do abastecimento e manutenção em rede de postos de combustíveis, oficinas, centros automotivos, estacionamentos e outros estabelecimentos do segmento automotivo credenciados. Por meio das soluções oferecidas, os clientes podem gerir suas despesas veiculares, inclusive, controlando o tipo de combustível consumido e o desempenho de cada veículo. Tais práticas formam ciclos virtuosos na economia, contribuindo para reduzir a emissão de gases efeito estufa, poluentes atmosféricos e acidentes de trânsito, proporcionando maior controle governamental.