Com um foco na tecnologia, sustentabilidade e integração setorial, líderes estão trilhando caminho para um futuro mais eficiente e colaborativo para a logística brasileira
Por Camila Lucio
CEOs e presidentes de importantes empresas compartilharam visões e planos para 2024 (Foto: Divulgação)
A 28ª edição da Intermodal trouxe insights e estratégias de alguns dos principais líderes do setor logístico. Com exclusividade para a MundoLogística, CEOs e presidentes de importantes empresas compartilharam visões e planos para 2024, destacando o panorama dinâmico do setor no Brasil.
Com um foco na tecnologia, sustentabilidade e integração setorial, líderes estão trilhando caminho para um futuro mais eficiente e colaborativo para a logística brasileira.
MULTILOG: EXPANSÃO ESTRATÉGICA EM DIVERSOS SEGMENTOS
O presidente da Multilog, Djalma Vilela, revelou os planos de expansão da empresa para 2024. Com um foco nítido nos setores de saúde, químicos e unidades alfandegadas, a Multilog está investindo em infraestrutura, incluindo a recente inauguração do porto seco de Dionísio Cerqueira e um projeto em andamento em Foz do Iguaçu.
Quando questionado sobre logística especializada para segmentos, o executivo acredito que será uma tendência para setor. “Nós viemos fazemos esse tipo de investimento em verticais. Fizemos há uns 12 anos em Health Care e, atualmente, temos vários ativos na empresa especializada neste segmento. Agora, focamos em químicos e outros segmentos. Acredito que essa verticalização é importante. Apesar da logística ser o todo, a partir do momento que vai ao mercado e se propõem a atender aquela cadeia específica, é um diferencial”, disse.
Confira na íntegra:
KUEHNE+NAGEL: COMPROMISSO COM SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA
Adriana Martins, presidente da Kuehne+Nagel no Brasil, destacou o compromisso da empresa em oferecer soluções sustentáveis e eficientes para os clientes. Ela enfatizou a importância de aliar a expertise global da empresa ao conhecimento local das necessidades brasileiras.
Em relação a perspectivas para 2024, a executiva a acredita que a agenda ESG é a tendência mais importante para operadores logísticos. “Está no topo da minha agenda no Brasil, toda a questão de sustentabilidade, responsabilidade social e os itens de governança é um tema super relevante para nós”, afirmou.
“Temos percebido mais interesse dos clientes globais e locais na pauta e a nossa responsabilidade também é simplificar esse diálogo. Nós oferecemos soluções que simplifica a forma com o cliente pode entrar em uma agenda de descarbonização, como que pode tomar decisão na logística levando em questão o impacto de sustentabilidade e emissão de carbono”, ressaltou.
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JSL: CONSOLIDAÇÃO DO MERCADO E INTEGRAÇÃO SETORIAL
Ramon Alcaraz, CEO da JSL, ressaltou a importância da consolidação do mercado e da integração setorial para o fortalecimento do ecossistema logístico. Ele destacou as tendências de fusões e aquisições, enfatizando os benefícios da integração para toda a cadeia.
“Quanto mais consolidado o mercado for, mais as empresas ou grupo de empresas vão criar um ecossistema em que todo mundo ganha, com investimento em tecnologia, produtividade, eficiência e uma guerra menos predatória em preço. [...] A consolidação é boa para o ecossistema”, disse.
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G2L: TECNOLOGIA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO
O CEO da G2L, Marlos Tavares, enfatizou a importância da tecnologia para oferecer eficiência operacional na logística. Ele apresentou o projeto "Visibilidade", incluindo uma torre de controle em parceria com a Opentech, como uma iniciativa crucial para tornar a logística mais colaborativa e eficiente.
“A tendência será sempre com tecnologia. Você não consegue fazer logística colaborativa de verdade entre embarcadores se não for com tecnologia. Então, enquanto operador logístico, temos que ser um grande integrador dos diferentes modais”, afirmou.
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AZUL: LOGÍSTICA AÉREA COMO ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO
Abhi Shah, presidente da Azul, ressaltou o papel fundamental da logística aérea nas operações da empresa. Ele destacou o crescimento do transporte de cargas aéreas e a influência no aumento das vendas e na fidelização dos clientes.
“Quando [a empresa] migra para o transporte aéreo, tudo é mais rápido, ele vende e fideliza o cliente mais rápido — exatamente o que aconteceu com Amazon nos Estados Unidos. Cada vez mais rápido que você entrega, as pessoas compram mais. Nós temos muitos clientes que estão migrando do transporte rodoviário para aéreo pela primeira vez. Estão vendendo mais, com mais clientes e rodando mais mercadorias”, disse.
"Nós acreditamos muito que essa migração só está começando. O mercado de transporte rodoviário é 15 vezes maior que o mercado de logística aéreo, tem muito para migrar”, complementou.
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MODERN LOGISTICS: CRESCIMENTO DA MULTIMODALIDADE NO BRASIL
Cristiano Koga, CEO da Modern Logistics, expressou a confiança na consolidação da multimodalidade no Brasil, destacando o potencial em um mundo pós-pandemia que exige agilidade e uso de novas tecnologias.
“No mundo pós-pandemia, que exige muito mais agilidade e uso de novas tecnologias, a multimodalidade entra dentro dos cenários preditivos das indústrias e dos marketplaces. Então, acredito que a multimodalidade vai ganhar cada vez mais força no Brasil”, ressaltou.
Confira na íntegra: