Segundo Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes, o setor está otimista diante da recuperação econômica, mas a alta no preço dos insumos ainda será um desafio
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O ano de 2021, ainda conturbado pela crise pandêmica gerada pela Covid-19, trouxe desafiadores cenários para o país nos mais diferentes âmbitos de atuação. Em contrapartida, acarretou uma aceleração dos serviços, da tecnologia e do crescimento no setor de transporte de cargas e logística. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, o segmento no Brasil teve um aumento de 38% em comparação ao mesmo período de 2020 de acordo com o Índice de Movimentação de Cargas do Brasil divulgado pela AT&M.
No entanto, apesar dos números oportunos para a expansão da logística, as empresas transportadoras precisaram se adaptar rapidamente com o fluxo dos mercados nacional e internacional para continuar oferecendo o mesmo padrão de qualidade aos clientes e parceiros, mesmo tendo interferência dos aumentos do frete e do combustível, por exemplo.
Contudo, há personalidades do setor que se mantêm confiantes para o próximo ano da logística. É o caso de Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes. Segundo ele, o setor de transporte está otimista para o ano de 2022 tendo em vista o caminho rumo à recuperação econômica pós-pandemia – apesar de o o alto custo dos insumos ainda preocupar. “O que podemos esperar, certamente, é um ano cheio de desafios, mas com pensamentos positivos em crescimento para a progressão do transporte”, diz.
“Depois dos dois últimos anos intensos, certamente estamos mais preparados para começar 2022. Acredito que a palavra do momento, para nós, é ‘reinvenção’. Tivemos que nos reinventar na pandemia, e isso nos tornou mais ágeis nas decisões, aprendendo a lidar com a incerteza desse mundo volátil. Continuaremos nos reinventando cada vez mais para nos adaptarmos ao mercado e, em 2022, estaremos mais preparados e cheios de aprendizado para colocar em prática.” – Luis Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes.
A ALTA NOS COMBUSTÍVEIS
O empecilho do combustível foi um dos mais marcantes deste ano, dado que o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 74% e o preço do diesel subiu 65%. O frete marítimo foi outra questão pertinente ao longo desse período, também afetando o setor. Por meio da escassez de contêineres em nível global, o valor do frete foi disparado a preços nunca vistos anteriormente. Enviar um contêiner de 40 pés da China custava, em média, US$ 1.500 antes da chegada da pandemia.
Atualmente, por causa dessa grande procura, o custo pode chegar a US$ 10.500, uma vez que a rota para o Brasil se tornou o valor mais caro com origem no país chinês.