De acordo com a companhia, montante será utilizado para abertura de novos centros de distribuição em Brasília, Pernambuco e Porto Alegre
Por Camila Lucio
Mercado Livre (Divulgação)
O presidente do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, afirmou à imprensa que espera que os investimentos no país ultrapassem os R$ 23 bilhões planejados inicialmente para este ano. De acordo com a companhia, é o maior valor já alocado nos 25 anos de história.
Segundo a CNN, em março, a companhia havia anunciado a primeira meta, que representa aumento de 21,1% na comparação com o investido 2023. No ano passado, a empresa já havia ampliado os aportes realizados em 11,5%.
Em 2024, o montante será investido na abertura de novos Centros de Distribuição em Brasília, Pernambuco e Porto Alegre. De acordo com a Agência Brasil, um dos objetivos é aprimorar a infraestrutura, equipe e base operacional logística do Mercado Livre no País. Com isso, o número de cidades com entregas rápidas, no mesmo dia ou no dia seguinte, deve crescer ainda mais.
Durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril deste ano, o presidente do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, afirmou que o Brasil representa cerca de 52% da receita líquida total do negócio na América Latina. “O avanço histórico dos aportes do Mercado Livre no país, que rompeu a barreira do R$ 1 bilhão em 2018 e chega hoje a R$ 23 bilhões, indica o tamanho da nossa confiança no potencial de desenvolvimento do país, dos nossos colaboradores, da comunidade empreendedora e dos nossos parceiros”, destacou Yunes.
Ainda conforme informações divulgadas pela CNN, Yunes também anunciou que a empresa agora prevê a contratação de 11 mil funcionários no país em 2024. A previsão inicial da empresa, em abril, era de expandir seu pessoal em 28%, com a contratação de 6.500 funcionários.
AUTOMATIZAÇÃO COM ROBÔS
O Mercado Livre tem apostado no uso de robôs na operação no centro de distribuição SP04, em Cajamar (SP), que processa cerca de 500 mil pedidos por dia, ou seja, 347 pedidos por minuto. A informação foi divulgada pelo Estadão.
Segundo o presidente da operação brasileira, Fernando Yunes, a companhia já tem 100 robôs, que ficaram em fase de testes por três meses, e o número será ampliado para 334 até o fim do ano. De acordo com a publicação, os equipamentos reduzem em 20% o tempo de separação de mercadorias compradas pelos clientes via internet, o que gera um ganho de produtividade e acelera as entregas aos consumidores.
Os aparelhos — produzidos pela companhia chinesa Quicktron — são semelhantes a um aspirador-robô pintado de amarelo e podem levantar até 600 quilos. Segundo o Estadão, a autonomia de bateria é de oito horas e eles retornam para a base para serem recarregados antes de iniciar uma nova jornada de trabalho. Os 100 robôs que já estão em operação hoje conseguem levantar e mover 2,5 mil prateleiras diariamente.