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Minério de ferro e soja lideram o número de contêineres transportado pelo modal ferroviário no País

Publicado em 08/09/2014

De acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), de 2006 a 2012, o transporte de minério de ferro teve um crescimento de 29% na movimentação de cargas por ferrovia, seguido pela soja (grão e farelo), com 7,43%. Esse resultado refletiu positivamente nas fornecedoras do modal, que enxergaram uma oportunidade de oferecer ao setor ferroviário inovações, em termos de composições, vagões, tanques e plataformas para contêineres.

Segundo Noberto Fabris, diretor Corporativo das Empresas Randon, o sistema ferroviário está muito fundamentado no setor agrícola. “Tivemos boas modificações no setor de cargas para grãos. A implantação de novas soluções proporcionaram agilidade às operações. Descargas que levavam cerca de 26 minutos, passaram a ser feitas em, no máximo, três minutos.”

Planejamento da demanda
O diretor também destaca a necessidade de maior estabilidade na sistemática da fabricação, uma vez que, antigamente, as encomendas eram feitas em lote pelas concessionárias, o que interrompia o fluxo de abastecimento. “O desafio é manter a continuidade na produção, por meio de um planejamento anual, sem tantos altos e baixos”, destaca Fabris, que aponta a importância de projetos e investimentos em infraestrutura e produtividade para favorecer a competitividade logística.

O Programa de Investimentos em Logística, do Governo Federal, é um exemplo e prevê um novo modelo de concessão, com 12 novos trechos ferroviários. O programa também pretende realizar intervenções em 10 mil km de ferrovias, com investimento estimado em R$ 91 bilhões, no decorrer dos próximos 25 anos. Esses avanços colaboraram com o aquecimento da indústria de fornecimento, com a produção de equipamentos e ativos rodantes para o setor ferroviário.

Segundo Noberto Fabris, a projeção de crescimento para a matriz do transporte está em torno de 25%. “Estamos em 2014 e já com muitas inovações. O ganho de produtividade foi o mais importante, porque trouxe força para dentro da ferrovia e materiais diferenciados que auxiliam no transporte de carga.”

Fonte: Portogente