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Portos secos de fronteiras têm alta de tráfego no 1º semestre

Publicado em 30/07/2021

Multilog divulgou tráfego de quase 100 mil caminhões no porto de Foz do Iguaçu nos primeiros seis meses do ano; movimento foi impulsionado por atividades nas fronteiras que ligam o Brasil aos demais países do Cone Sul


Foto: Divulgação

A Multilog anunciou fechamento do primeiro semestre deste ano com saldo positivo no volume de caminhões nos portos secos administrados pela empresa. Em Foz do Iguaçu, foram quase 100 mil veículos, um aumento de 41,8% em relação ao primeiro semestre de 2020.

De acordo com a Multilog, a alta é reflexo da recuperação das atividades nas fronteiras que ligam o Brasil aos demais países do Cone Sul. O relatório divulgado pela empresa também traz informações de crescimento nos portos de Jaguarão, Santana do Livramento e Uruguaiana.

O gerente de Operações das Fronteiras da Multilog, Francisco Augusto Silva Damilano, o setor de construção é uma das razões para o crescimento das atividades.

“As exportações para o Paraguai estão em alta, em especial, cimento, para atender a uma série de grandes obras naquele país, fertilizantes e maquinário também estão sendo levados para o agronegócio. Com isso, em seguida, esperamos um movimento grande de importação, com o escoamento da produção de grãos do Paraguai com destino ao Brasil.” – Francisco Augusto Silva Damilano, gerente de Operações das Fronteiras da Multilog.

ALTA NOS PORTOS EM NÚMEROS

No Porto Seco de Foz do Iguaçu, com o maior fluxo da América Latina, houve um aumento de 41,8% de fluxo de veículos nos primeiros seis meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2021, saíram do Porto Seco de Foz do Iguaçu 98.509 veículos, enquanto no primeiro semestre de 2020 o total foi de 69.452.

O Porto Seco de Santana de Livramento registrou um crescimento de 63% no volume de veículos de janeiro a junho de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, 5.759 veículos passaram pela estação aduaneira – no mesmo período de 2020, o fluxo foi de 3.530 caminhões. Em Santana do Livramento, o forte tem sido a exportação de peças para uma fábrica de papel que está sendo erguida em território uruguaio.  Na importação, o principal fluxo de produtos são: embalagens, couro, produtos farmacêuticos e trigo.

Em Uruguaiana, no segundo maior porto seco de fronteira da América Latina, houve um crescimento de 37,1% no fluxo de veículos no primeiro semestre de 2021, com 70.013 veículos. No primeiro semestre do ano anterior, 51.050 caminhões passaram pela estação aduaneira. O porto seco foi beneficiado pela exportação de carros e produtos como bobinas de aço e vinhos, oriundos do Chile.

Por fim, o Porto Seco de Jaguarão apresentou uma alta de 14,8% no volume de tráfego no primeiro semestre deste ano, com um fluxo de 13.379 veículos. Os seis primeiros meses de 2020 tiveram um fluxo de 11.651 veículos. O crescimento foi influenciado pela produção de arroz do Uruguai, assim como cítricos, soja e carne bovina. O transporte de bananas e o grande fluxo cerâmico, com tijolos, também causaram impacto.

PERSPECTIVAS OTIMISTAS PARA O SEGUNDO SEMESTRE

Para o próximo semestre, a retomada econômica traz uma perspectiva otimista para o transporte rodoviário. “Sabemos que outros fatores podem impactar o tráfego nas fronteiras, como a alta do dólar, mas o segundo semestre tradicionalmente também é melhor que o primeiro. O que vemos agora, a rigor, não é crescimento ainda, mas uma retomada bastante importante, e ela se dá em todas as fronteiras que operamos.”, comenta o gerente de Operações das Fronteiras da Multilog.

Além disso, a falta de chuvas também deve beneficiar os portos secos nos próximos meses. Com os rios em níveis baixos e sem perspectiva de chuvas, as barcaças não podem navegar e a produção tem que escoar por terra.