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Preço médio do frete fecha a R$ 6,17 em abril; enchentes no RS devem impactar valor 

Publicado em 20/05/2024

De acordo com o IFR, a projeção para os próximos dias é que as chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul, importante produtor de grãos, suínos e aves, impactem o preço médio e o volume do frete 

Por Redação 

Preço médio do frete fecha a R$ 6,17 em abril; enchentes no RS devem impactar valor 
 Preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o mês de abril a R$ 6,17 (Foto: Shutterstock)

De acordo com a mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o mês de abril a R$ 6,17, com um recuo de 0,5% ante março. 

Conforme o levantamento, o valor final do frete registrado em abril ainda reflete quedas nas últimas safras. 

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de soja teve redução estimada de 5,2% em relação à safra anterior. Já a de milho tem queda estimada de 15,9%. 

O comportamento de estabilidade no preço médio nacional do litro do diesel, item que compõe a maior parcela do preço do frete, mantém o seu valor com pouca variação. De acordo com dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel comum fechou abril a R$ 5,99, com 0,5% de alta ante março. Já o diesel S-10 foi comercializado com média de R$ 6,09 em abril — aumento de 0,3%. 

Segundo o diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, a projeção para os próximos dias é de um impacto de alta no preço médio do frete por quilômetro rodado, como reflexo das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul desde abril, que podem gerar perda parcial da safra do arroz do Estado — uma vez que 80% da colheita já havia sido feita, segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) — e problemas logísticos que podem dificultar o escoamento da produção, por conta de impactos na infraestrutura rodoviária.  

“Além de ser o maior produtor de arroz, o Rio Grande do Sul também desempenha um papel importante na produção de trigo, milho, soja e de suínos e aves, que também foram afetados com as chuvas. Isso significa uma redução de 50% no volume de frete, considerando as rotas de escoamento de cargas ligadas ao Estado, como a BR-290, BR-116 e BR-118”, reforçou Fernandes.