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Rumo e CHS firmam parceria para operar terminal rodoferroviário em Alvorada (TO)

Publicado em 02/08/2023

Em comunicado, a operadora de ferrovias destacou que o terminal tem capacidade para receber 1,5 milhão de toneladas de grãos por ano, com destino ao Porto de Santos (SP)

Por Redação

Rumo e CHS firmam parceria para operar terminal rodoferroviário em Alvorada (TO)
O projeto contempla a transformação do atual armazém de transbordo rodoviário (Foto: Divulgação)

A Rumo e a CHS Agronegócio do Brasil firmaram uma joint venture para o desenvolvimento de um terminal multimodal de armazenagem e transbordo de grãos, localizado em Alvorada (TO). O projeto contempla a transformação do atual armazém de transbordo rodoviário cuja capacidade estática é de 75 mil toneladas de grãos.

Segundo a Rumo, o local está devidamente equipado com uma estrutura para secagem e padronização, incluindo descarga de caminhões por meio de tombadores. A partir da parceria, será construída uma pera e tulha ferroviária, permitindo a conexão com a Malha Central (Ferrovia Norte-Sul), que acaba de ser 100% concluída pela concessionária.

Ainda conforme a operadora de ferrovias, a escolha de Alvorada (TO) representa um passo estratégico para atração de cargas que buscam conexões com os portos brasileiros. Com vocação inicial para o transporte de soja e milho, e futuramente farelo, este é o primeiro terminal a marcar a expansão da Rumo Malha Central (Ferrovia Norte-Sul) em Tocantins após a conclusão das obras da ferrovia.

A PARCERIA ENTRE RUMO E CHS

“A Rumo escreveu um novo capítulo na história das ferrovias brasileiras ao entregar a Ferrovia Norte-Sul 100% operacional. A estrutura em Alvorada representa mais um avanço no desenvolvimento logístico do país”, pontuou o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma.

“Estamos honrados em firmar uma nova parceria com a CHS, com quem desde 2021 temos um terminal de fertilizantes em Rio Verde (GO), através da Andali. Nosso objetivo é proporcionar mais eficiência no transporte de cargas e gerar competitividade para os produtores locais, fomentando o crescimento da produção”.

Segundo o Vice-presidente de Global Grain & Processing para a CHS na América do Sul, Horacio Ackermann, a escolha do município de Alvorada para a estruturação do terminal multimodal de armazenagem e transbordo representa um passo estratégico para atração de cargas que buscam conexões com os portos brasileiros.

“A cidade foi escolhida pela sua posição geográfica estratégica, pela relevância para o agronegócio, e por contar com uma importante carteira de clientes já consolidada pelos players envolvidos na parceria”, contou.

“Alvorada naturalmente é vocacionada para ser o principal ponto de carga e descarga de grãos da região Sul do Tocantins, é um município importante, pois tem ótimas condições para receber os fluxos da Bahia e do leste de Mato Grosso. Esse crescimento nas regiões maximizará a capacidade total dos portos brasileiros, diminuindo o gargalo logístico do agronegócio”, disse Ackermann.

ESTRATÉGIA DE OPERAÇÃO DO TERMINAL

Segundo a Rumo, o ativo será operado em conjunto entre as companhias, com foco no mercado agrícola e seguindo o conceito de todos os terminais da Malha Central: bandeira branca e em regime de pool. Todos os clientes fazem estoque único, depositando e misturando seus produtos de acordo com a classificação prévia de qualidade. O terminal atenderá os volumes da CHS e de todos os interessados na movimentação de grãos (soja e milho) na região.

A infraestrutura será implantada em uma área de aproximadamente 70 hectares, com destaque para a construção de uma pera ferroviária (pátio em formato circular que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem).

A estrutura contará com equipamentos de última geração e terá capacidade para carregar em média 12 vagões por hora, podendo carregar até 2 composições por dia. As obras de adequação e construção vão gerar cerca de 150 empregos diretos. Para a operação do terminal, serão empregados 65 profissionais de forma direta.

“O terminal atenderá os volumes da CHS e de todos os interessados na movimentação de grãos de soja e milho na região. Dessa forma, proporcionará maior competitividade para o agronegócio, a partir da possibilidade de conexão com o Norte do Brasil e com o Porto de Santos sob subconcessão da Rumo Malha Central”, explicou João Baptistella, diretor Comercial, de Logística e Operação da CHS Brasil.

IMPACTO NOS NEGÓCIOS

A joint venture entre as duas empresas foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no mês de junho, de acordo com a Rumo. Com isso, as obras devem ter início neste segundo semestre de 2023 e a previsão é que no segundo trimestre de 2024 o terminal receba a primeira composição ferroviária.

“Estamos falando de uma infraestrutura multimodal com capacidade para movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas de grãos por ano com destino ao Porto de Santos (SP), após as obras de ampliação e adequação previstas”, explicou Palma. “Vamos fortalecer a participação no mercado agrícola local e promover a diversificação geográfica para uma região com grande potencial de desenvolvimento de mercado”.