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Seara amplia frota de caminhões elétricos refrigerados para operações logísticas

Publicado em 10/08/2022

Companhia irá utilizar os veículos fornecidos pela No Carbon, empresa especializada da JBS Novos Negócios, para realizar viagens locais de distribuição de produtos em todo o Brasil

Por Christian Presa, com informações de Assessoria de Imprensa


Foto: Divulgação

A eletrificação de frotas também está presente nas operações da Seara. Nesta semana, a companhia anunciou que está ampliando de 19 para 200 caminhões 100% elétricos refrigerados até janeiro de 2023.

Os veículos serão utilizados na distribuição de produtos em todo o país. Para isso, a Seara contará com o apoio da No Carbon, empresa da JBS Novos Negócios especializada em locação de caminhões movidos a eletricidade.

De acordo com a empresa, os veículos da NoCarbon possuem 170 quilômetros de autonomia, capacidade de transportar até 4 toneladas de carga. Os caminhões também são equipados com baús frigoríficos, armazenando, simultaneamente, produtos resfriados e congelados.

A iniciativa irá contribuir para reduzir as emissões escopo três de gases de efeito estufa, relativas às emissões indiretas das operações da companhia. Atualmente, cada veículo elétrico da frota evita o lançamento anual de cerca de 30 toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.

“Nosso objetivo é ampliar cada vez mais o alcance de soluções logísticas sustentáveis e de baixo carbono. Por isso, temos como meta ter veículos elétricos em todas as regiões metropolitanas com Centro de Distribuição da Seara.”  Fabio Artifon, diretor de Logística da Seara.

REDUÇÃO NAS EMISSÕES DE CO2

Com a substituição de veículos movidos a diesel pelos novos caminhões elétricos, a Seara tem a expectativa de reduzir aproximadamente emissões indiretas de 6 mil toneladas de CO2. Isso equivale ao plantio de cerca de 45 mil árvores.

“Com a entrada dos novos caminhões elétricos, viabilizamos a renovação da frota e apoiamos o nosso transportador parceiro sem que ele precise fazer o investimento de transição para uma frota de baixo carbono”, reforçou Artifon.

O avanço da eletrificação da frota de transporte faz parte dos esforços da JBS para se tornar Net Zero em 2040. Com isso, a empresa planeja reduzir as emissões de escopo 1 (diretas), 2 (indiretas em energia elétrica) e 3 (indiretas) e compensar toda a emissão residual.

Além do menor impacto ambiental, uma das principais vantagens dos veículos elétricos é o baixo custo de operação e manutenção. O caminhão não possui, por exemplo, filtro de ar, filtro de óleo, filtro de combustível, sistema de escapamento, correias, bico injetor, bomba de injeção e demais itens que fazem a manutenção de um veículo convencional custar até seis vezes mais do que o modelo elétrico.

ELETRIFICAÇÃO DE FROTAS É PROMISSORA, MAS ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO

Diante da relação entre as demandas por desenvolvimento sustentável e o avanço da tecnologia, uma das empreitadas mais discutidas é a adesão aos veículos elétricos. Para além do uso comercial, a alternativa de eletrificação é algo que enche os olhos dos gestores de frota. Isso porque se trata de uma opção que, além de apresentar menor impacto ambiental, também têm vantagens como a redução de custos – vide o preço dos combustíveis –, o que gera benefícios às operações.

Porém, apesar de promissora, essa ainda é uma realidade que se manifesta quase como que um projeto experimental no Brasil. De acordo com o relatório “Eletromobilidade – Uma das soluções para alcançar a neutralidade de carbono”, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgado em março deste ano, o mercado de caminhões elétricos ainda está em fase de consolidação no Brasil.

O mesmo levantamento traz dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) sobre o licenciamento de caminhões e ônibus elétricos no país: entre 2021 a 2022, foram apenas 376 veículos licenciados – um número, de acordo com a CNT, “pequeno para o potencial que o Brasil possui e [...] que evidencia o longo trajeto a ser percorrido”.

Isso não quer dizer, no entanto, que as empresas não estejam caminhando rumo a esse cenário. Além da própria Seara, uma matéria da MundoLogística trouxe exemplos de empresas como Magalu e Danone, que já aderiram aos veículos elétricos e manifestaram interesse de expandir essa frota nos próximos anos.