Três Lagoas terá uma central logística de escoamento

Com um investimento avaliado em mais de R$ 200 milhões, é previsto para outubro um empreendimento imobiliário em um terreno de 320 mil metros quadrados com lotes em uma área de 190 mil metros quadrados. Entretanto, diferentemente dos diversos loteamentos que vêm sendo apresentados ao município, este trata-se de uma Central Logística, cuja finalidade é acomodar mercadorias e cargas para escoamento de produção. 

O local situado entre a BR-262 e o novo traçado férreo, no KM-11, conterá quase 110 lotes dos mais variados tamanhos (16% do empreendimento previsto por lei é doado à prefeitura). 

De acordo com empresário Sérgio Hidalgo, por ser situada em um entroncamento das malhas viária, fluvial e ferroviária, Três Lagoas por si só já oportuniza empreendimentos voltados à logística. 

"No caso específico da Central Logística Santa Mônica, pensamos o quão os empreendimentos vêm à Três Lagoas, buscando justamente minimizar custos pela logística privilegiada e acabam penando pela falta de espaço para acomodação dos materiais transformados. Ter que transportar cargas de um lado para o outro dentro da cidade, ou até mesmo utilizando o anel viário encarece o produto final, além de gerar outros transtornos para cidade, como maior fluxo de veículos longos e pesados, sem falar da restrição de tráfego em diversos horários que inviabiliza a carga e descarga", comenta Hidalgo. 

Para formalizar a intensão de empreendimento na cidade junto à prefeitura, antes, o empreendedor contratou a empresa Gismarket para a realização de um estudo de viabilidade do investimento. O estudo inclui diversos dados, como a quantidade de empresas que se beneficiariam do espaço (pelo menos 20 principais), o fluxo atual de veículos nas rodovias, até a renda per capta da população. 

Hidalgo ressalta que o empreendimento se torna viável principalmente pelo fato da localização. O depósito de carga e descarga da ALL (América Latina Logística) - consorciada da linha férrea - ficará justamente aos fundos da Central de Logística. "Estamos na esquina do estado de São Paulo, com acesso direto aos gargalos de escoamento, como rodovia, ferrovia, além de estarmos a 9 km das pontes rodoviárias e ferroviárias, temos a hidrovia logo ali na frente", aponta. 

Segundo o investidor, para ir ao encontro do desenvolvimento é necessário partir de empreendimentos que compartilhem de interesses com a comunidade. "O que Três Lagoas vive é um choque demográfico, social, cultural e econômico, assim é necessário pensar em investimentos que também contribuam com a cidade. É o caso da Central, pois concentrará um espaço logístico, otimizará o processo de carga e descarga em Três Lagoas", finaliza.