A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, implementou o modelo de carretas de quatro eixos. Segundo a companhia, o uso das novas carretas na operação de produtos industrializados possibilita o aumento de até 22% na capacidade de transporte em comparação a uma carreta tradicional.
Com uso em diferentes modalidades da logística da companhia, o novo equipamento deve percorrer as estradas do país tanto para transporte dos diversos produtos das marcas como Sadia, Perdigão e Qualy, quanto no transporte de suínos para as unidades produtivas da empresa.
Em comunicado, a BRF destacou que o modelo traz um aumento na eficiência logística, uma vez que permite o carregamento de um Preso Bruto Total (PBT) superior ao adotado em outros modelos de carretas. Além disso, a carreta representa um ganho tecnológico, como nas unidades que farão o transporte de animais, que possuem elevadores hidráulicos e sistemas de climatização específicos para o conforto térmico.
Ao todo, a companhia opera atualmente nove veículos de quatro eixos nas tradicionais carretas refrigeradas, com previsão de 36 novos até dezembro deste ano. Além disso, dois veículos para transporte de suínos iniciaram a operação no último mês de setembro.
“Implementamos este equipamento com o objetivo de reforçar nossa capacidade logística em cada viagem, ampliando também as possibilidades futuras com um equipamento mais moderno e operacionalmente flexível”, disse o diretor de Logística da BRF, Loriano Rigo. “Estamos trabalhando para ter cada vez mais carretas neste novo formato, garantindo à nossa logística sempre as melhores tecnologias disponíveis.”
No transporte de suínos, a nova carreta permite levar em um só veículo o peso bruto que antes era compartilhado em dois veículos tipo BiTruck, possibilitando à empresa dar mais agilidade no transporte dos animais. São 94 posições de animais de até 200 quilos cada, inclusive com uso de uma plataforma hidráulica que facilita o embarque e desembarque da carga viva, contendo também aspersores, ventiladores e bicos bebedouros, atendendo o padrão de bem-estar animal necessário para esse transporte.
Segundo o gerente de Logística Agro da BRF, Cezar Felipak, a iniciativa não apenas melhora a eficiência nas entregas, mas também abre margem para evoluções e possibilidades de transporte. “Por exemplo, um acréscimo no tamanho das carretas e implementos com sistemas de carregamento automatizados antes inviáveis pelo aumento do peso e redução de capacidade.”
Além dos benefícios operacionais, a adoção de veículos com maior capacidade também contribui para a sustentabilidade, já que a redução no número de veículos nas estradas, também ajuda a diminuir as emissões de gases poluentes pela diminuição no consumo de combustível.