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Demanda por cabotagem cresce 23% e atrai aportes

Publicado em 04/06/2013

Somente duas empresas do setor investiram R$ 600 milhões no ano passado

 

Mesmo com os entraves estruturais do setor portuário, a cabotagem (movimentação  de cargas entre portos do País ) começa a figurar como modal alternativo ao aéreo e ao rodoviário no Brasil. Empresas como a Wilson Sons e a Aliança Navegação e Logística, duas das maiores operadoras logísticas do País, investiram juntas, no último ano, R$ 630 milhões para ampliar esse tipo de transporte. Elas seguem alta de 23% da demanda nos últimos seis anos neste segmento, de acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). 

"Hoje a cabotagem não movimenta mais carga por falta de capacidade, mas as empresas estão fazendo investimentos pesados nesse modal", afirmou ao DCI o CEO do Tecon de Salvador, Demir Lourenço Júnior. A empresa finalizou no fim de 2012 as obras do Terminal de Tecon, com o investimento de R$ 180 milhões, entre ampliação de espaço, dragagem do cais, aquisição de novos equipamentos e modernização da infraestrutura do terminal. 

Alguns entraves, porém, como a burocracia exigida na liberação das embarcações, a dificuldade de comprar navios e a falta de infraestrutura portuária no Brasil diminuem o ritmo desse crescimento. "Às vezes os navios demoram de um a dois dias para ter os 190 documentos que são exigidos para entrar e sair do porto", disse o presidente da Macrologística, Renato Pavan.

 

Fonte: Luiza Silvestrini / DCI