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Infraestrutura para logística urbana e sustentável

Publicado em 07/08/2019

 

Amsterdam, maior cidade da Holanda, foi fundada em 1275 – isso mesmo, há mais de 700 anos! – e é hoje reconhecida como uma cidade com ampla oferta de soluções de mobilidade, além do intenso fluxo de bicicletas dos mais diversos tipos e tamanhos, faça chuva ou faça sol. São Paulo, megalópole brasileira fundada em 1554, por outro lado, está cada vez mais sofrendo com dificuldades de locomoção, poluição, ruídos, acidentes etc. Como garantir uma estrutura urbana que permite melhor qualidade de vida a seus moradores quando o assunto é mobilidade, especialmente transporte de carga?

Analisando os modelos de entrega urbana de carga, há uma clara tendência de buscar alternativas inovadoras e não triviais, as quais, muitas vezes, esbarram em problemas com a legislação vigente – casos como a dificuldade de padronização do V.U.C. na grande São Paulo, a taxação de empresas que usam infraestrutura pública (como Uber, Cabify, Grin e Lime) e o modelo de remuneração e tributação de autônomos fazendo entrega. É também complexa a questão de fazer melhor uso de uma infra-estrutura já disponível – no caso de Amsterdam, com ruas e pontes que datam de séculos atrás. Finalmente, a efetiva digitalização das cadeias de abastecimento dependem de algo bastante básico e ainda não completamente resolvido: conexão estável e de qualidade.

Soma-se a isso a necessidade urgente de tornar a logística de entrega urbana mais sustentável: menos poluente, mais segura, socialmente mais equilibrada, reduzindo continuamente desperdícios. Sistemas de mediação de algumas externalidades, como poluição do ar e ruído, trazem a possibilidade de reações mais rápidas e mais consistentes aos problemas. Mais dados, por outro lado, exigem melhores e mais robustas soluções de análise e ação – não basta identificar que um problema está acontecendo, é preciso ter ações.

“Entendemos que os objetivos das empresas por maior produtividade, crescimento sustentado e rentabilidade caminham de mãos dadas com os objetivos e princípios da política pública de mobilidade urbana, que visam redução das emissões veiculares, redução do número de veículos de carga em circulação e renovação imobiliária. Na visão da CET, é preciso movimentar carga aproveitando os horários de ociosidade do sistema viário, otimizar as entregas e coletas last mile, por meio de consolidação inteligente nas áreas de demanda e aproveitando a capacidade ociosa dos veículos de carga” diz Mauricio Losada, planejamento CET SP, painelista do evento “(Des)Construindo a Logística Urbana.

O evento “(Des)Construindo a Logística Urbana”, organizado pelo Centro de Excelência em Logística e Supply Chain (FGVcelog), da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), terá o tema de infra-estrutura em sua pauta, inclusive com a participação internacional de Cathelijne Hermans, assessora da prefeitura de Amsterdam, desenvolvendo projetos que visam aumentar a fluidez da cidade com segurança. Com toda a agenda já confirmada, o objetivo é fomentar a discussão entre os diferentes atores da logística urbana: embarcadores, universidades, especialistas, consultorias, órgãos públicos, prestadores de serviços logísticos etc. Serão 2 palestras para discutir logística (abertura) e inovação tecnológica (fechamento), com 3 painéis de debate para ampliarmos a visão sobre temas sensíveis à logística urbana: infra-estrutura, transformação digital e colaboração.

 

(Des)Construindo a Logística Urbana

Data: Quinta-feira, 22/ago/2019, de 8h30 às 17h

Local: Auditório FGV EAESP (Av. 9 de Julho, 2.029 – São Paulo)

Valores: Público – R$ 350,00; Assinantes Revista Mundo Logística – R$ 300,00; Parceiros e Alunos FGV – R$ 264,00.

Mais informações: https://fgvcelog.fgv.br/eventos/des-construindo-logistica-urbana-transformando-logistica-vida-cidades