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Log-In defende a intermodalidade

Publicado em 06/03/2015

No transporte de longa distância, cabotagem oferece preço mais competitivo ao dono da carga e mais rentabilidade ao caminhoneiro

A recém-terminada greve dos caminhoneiros traz de volta a discussão sobre a importância de se ter, no Brasil, uma malha viária pulverizada, que não concentre o transporte de mercadorias pelo modal rodoviário. Empresas do ramo de cabotagem, como a Log-In, veem o ocorrido como uma boa oportunidade para disseminar a ideia de que o modal realizado por vias marítimas pode ser competitivo para o negócio de muitas empresas. “A cabotagem é a solução estrutural para o que presenciamos. Na longa distância, o modal oferece um preço mais competitivo ao dono da carga e maior rentabilidade ao caminhoneiro”, argumenta o presidente da Log-In, Vital Lopes.

Um navio grande carrega cerca de 3.000 contêineres, carga que demanda vários caminhões para ser distribuída em fretes de menor distância, que, por sua vez, oferece margens de ganhos mais elevadas aos transportadores rodoviários. Para exemplificar, Lopes conta que um navio que sai com televisores de Manaus para Santos chega ao porto e precisa de caminhões para levar os aparelhos até um centro de distribuição em Cajamar, São Paulo. “O caminhão cobra cerca de R$ 1,9 mil pelo trajeto de 140 km, que pode ser feito até três vezes por dia. Quando ele leva uma carga de Santos até a Bahia, cobra R$ 3.000 e fica com o caminhão ocupado por vários dias.”

O exemplo evidencia que o modal rodoviário, portanto, tende a ter mais rentabilidade nos trajetos de curta distância, enquanto a cabotagem é mais propícia para as viagens de longa distância. A dinâmica mostra que o caminho para resolver um dos entraves da logística brasileira seria explorar a intermodalidade. A cabotagem não invalida a importância do modal rodoviário e, sim, complementa.