Assinatura Premium Assinatura Premium

Setor logístico da China mostra sinais de recuperação

Publicado em 06/04/2020

Conforme o controle do vírus se estabiliza as atividades logísticas e de e-commerce começam a se aproximar da normalidade

 

Depois do surto de Covid-19, as atividades logísticas da China já demostram sinais de recuperação em março, à medida que o impacto da doença diminuiu, segundo dados da indústria.
O índice de desempenho logístico de março ficou em 51,5%, aumento de 25,3 pontos percentuais em relação a fevereiro, segundo os dados divulgados pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, na sigla em inglês).
Uma leitura acima de 50% indica expansão, enquanto abaixo, contração.
O setor logístico está se reaproximando da zona expansionista depois que o país testemunhou uma tendência positiva no controle e prevenção da epidemia e implementou uma série de políticas para acelerar a retomada do trabalho.
Fatores como o volume de encomendas, emprego, rentabilidade e expectativa do mercado apresentaram recuperação, à medida que as atividades econômicas foram retomadas no geral e as demandas do mercado foram desencadeadas.

 

O e-commerce na China

O setor de comércio eletrônico chinês também começa a emergir da provação logística de vários meses provocada pelo surto de coronavírus, segundo dados mais recentes sobre volumes de entrega. Mas uma retomada a longo prazo depende de uma recuperação da demanda que também inclua bens não essenciais.
Líderes do setor como Alibaba, JD.com e Pinduoduo foram desafiados a atender ao aumento da demanda por itens básicos e produtos domésticos, como máscaras cirúrgicas, depois que a epidemia obrigou autoridades a fechar rodovias e ferrovias em todo o país e entregadores ficaram em casa. Mas uma análise do Barclays de informações publicamente disponíveis mostrou que a atividade de entrega em muitas áreas havia se aproximado dos níveis pré-surto quando as pessoas retornaram ao trabalho e os bloqueios de estradas foram suspensos.
Com base em dados oficiais que mostram crescimento anual de 3% das vendas de produtos físicos on-line em janeiro e fevereiro, a expansão do comércio eletrônico deve se aproximar da normalidade no segundo trimestre, escreveram os analistas do Barclays Gregory Zhao, Ross Sandler e Jane Han.