*Por Marco Antonio Guapo
Como editor da Revista MundoLogística, diariamente me deparo com dezenas de notícias, mensalmente recebo dezenas de artigos e, constantemente, converso com profissionais, consultores e estudiosos da área de logística e da cadeia de suprimentos. Um aspecto que me chama muito a atenção nessas notícias, artigos e conversas é a importância, cada vez maior, da logística e da cadeia de suprimentos para o País.
Há algum tempo, observamos os profissionais da área fazerem parte do corpo diretivo das empresas, sendo considerados (eles e suas áreas) fundamentais para os resultados positivos (ou negativos) e não mais apenas como custo ou um mal necessário. Agora, a logística e a cadeia de suprimentos são consideradas pontos estratégicos nas empresas e não poderia ser diferente.
Todos já sabem o altíssimo custo logístico existente, as péssimas condições de infraestrutura disponíveis e a complexidade dos impostos e da burocracia que os profissionais da área têm de lidar diariamente. Esses já eram grandes desafios que os profissionais de logística e da cadeia de suprimentos enfrentavam.
Como se não bastasse, há mais um grande desafio pela frente: diminuir, ainda mais, os custos e enxugar as operações, para que, em uma situação de recessão como a que o Brasil está passando, as empresas consigam, ao menos, manter as suas margens e continuar produzindo até que a situação se estabilize e, assim, crescer novamente. Ou seja, mais do que nunca, os profissionais da área são imprescindíveis para a economia do País e para a sobrevivência das empresas. O que nos alenta e que poucas pessoas sabem é que existem excelentes profissionais em atuação e formação.
No início de minha jornada, trabalhei em uma instituição financeira, na área de tecnologia da informação (TI). Nessa época, descobri que os profissionais de tecnologia das instituições financeiras do Brasil eram considerados os melhores do mundo, pois tinham de lidar com complexidades nunca vistas em outros países: mudanças sucessivas de moedas, impostos dos mais variados tipos, transações bancárias diversas, entre outras. Naquela época, muitos colegas foram contratados no exterior por instituições financeiras que vinham em busca de bons profissionais de TI.
Hoje, descubro que existe o mesmo paralelo com os profissionais de logística e arrisco a dizer que temos uns dos ou os melhores profissionais de logística do mundo, muitos já no mercado e outros tantos se formando. Imagine-se lidando com todas as dificuldades que enfrentamos no Brasil e, de repente, realizando operações em outro país, com opções diversas de modais, uma logística tributária e fiscal clara e simples. Não seria um sonho? Pois é um sonho possível e acredito que, em pouco tempo, estaremos perdendo bons profissionais para outros países.
Enfim, esse é o cenário e precisamos lidar com ele da melhor forma possível. A Revista MundoLogística pretende fazer a sua parte. Como nossos leitores já sabem, a revista publica artigos que são escritos por esses grandes profissionais que comentei anteriormente e pretendemos, nas próximas edições, publicar cada vez mais artigos que sejam relevantes e coerentes com o momento que estamos vivendo.
Dessa forma, a revista serve como ferramenta para todos os profissionais da área, proporcionando informações que possam auxiliar o crescimento profissional, a melhoria das operações logísticas, a cadeia de suprimentos e, consequentemente, a melhoria dos resultados das empresas e do País.
Quero, no início do próximo ano, escrever outro texto sobre como a boa gestão logística e da cadeia de suprimentos ajudou a tirar o País da recessão. Desejo a todos os nossos leitores um excelente 2016!
Se você ainda não assina a revista, deixo um convite para que conheça os nossos planos e invista na sua carreira.
*Marco Antonio Guapo é editor da Revista MundoLogística.