Inovação e segurança: 5 exemplos da evolução tecnológica dos caminhões

A tecnologia voltada para a segurança dos caminhões e do transporte de carga é um dos drivers que mais interessam para a realidade dos operadores logísticos

Por Redação

Evolução tecnológica impulsionou a segurança do transporte logístico (Foto: Shutterstock)

A inovação é um importante alicerce da indústria automotiva e deve movimentar, até 2028, mais de US$ 204 bilhões ao redor do mundo, segundo estimativa da consultoria Technavio. 

Dentro desse universo, a tecnologia voltada para a segurança dos caminhões e do transporte de carga é um dos drivers que mais interessam para a realidade dos operadores logísticos, haja vista que, além da redução de custos com manutenção, combustível e perda de fretes, soluções de segurança são fundamentais para a diminuição no número de acidentes nas estradas que, até outubro de 2023, foram responsáveis por mais de 10 mil mortes segundo o Ministério da Saúde. 

E, desde que o primeiro caminhão do mundo foi criado em 1896 pela Daimler Motor Carriage é claro que a inovação avançou a passos largos! No Brasil, todo esse avanço tecnológico teve início real a partir do final da década de 1950, quando as primeiras fábricas de caminhões começaram a se instalar por aqui.

Neste infográfico, você poderá conferir 5 exemplos que comprovam a evolução tecnológica que impulsionou a segurança do transporte logístico! 

5 exemplos de tecnologia embarcada (Foto: MundoLogística)

TACÓGRAFO E CONTROLADOR DE VELOCIDADE

Possivelmente, a primeira tecnologia de grande impacto para a segurança dos caminhões surgiu com o tacógrafo. Criado ainda no século XIX e com uso inicial no transporte ferroviário, esse dispositivo foi rapidamente adaptado pela indústria automotiva, e funciona por meio do registro (em discos analógicos ou sistemas digitais) das distâncias percorridas, velocidade e até dados dos caminhoneiros.

O equipamento é de uso obrigatório segundo o artigo 105 do Código de Trânsito e fundamental para as políticas de segurança dos operadores. No esteio da "caixa preta dos caminhões”, as tecnologias digitais de controle e até redução automática de velocidade foram uma inovação da indústria que tem contribuído com a redução de colisões e acidentes.  

SISTEMAS ATIVOS DE SEGURANÇA

Alertas de saída de faixa, frenagem de emergência para evitar colisões com os veículos da frente, controle de estabilidade, sensor de parada e estacionamento… 

Assim como os controladores de velocidade, os sistemas ativos de segurança envolvem um conjunto de soluções que, conforme o nome já indica, trabalham não apenas para a “redução de danos”, mas para a gestão proativa da segurança dos motoristas e dos caminhões. Segundo números da Precedence Research, só em 2022, esse mercado movimentou mais de US$ 98 bilhões globalmente.  

RASTREAMENTO E TELEMETRIA

As soluções de monitoramento e telemetria permitem que os operadores logísticos conheçam o perfil de direção de seus motoristas, possibilitando que estratégias sejam desenhadas para a prevenção de acidentes e a gestão dos processos de segurança, com uma base de dados gerada em tempo real.

Não por acaso, um estudo de 2021 da Trimble Transportation Latam, apontou que mais de 69% da frota de veículos brasileira já possui alguma tecnologia de telemetria. 

ESPELHOS INTELIGENTES E VIDEOTELEMETRIA

A combinação de IoT – dispositivos inteligentes conectados em rede –, dados e robotização tem reforçado ainda mais o campo da segurança automotiva. No caso dos caminhões, alguns exemplos interessantes são os dos espelhos e retrovisores inteligentes que, por meio de sensores, se ajustam automaticamente e aumentam o campo de visão dos caminhoneiros em manobras, ultrapassagens e freadas.

Outra inovação nesse sentido envolve a videotelemetria, que registra em vídeo o monitoramento do comportamento de condutores, enviando dados de segurança para centrais de gestão logística. Segundo dados da Precision Business Insights (PBI), o mercado de videotelemetria deve crescer 18,8% ao ano até 2029 e, no Brasil, logtechs tem explorado o potencial dessa inovação para avançar no segmento de transportes.  

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 

Na base da videotelemetria e de outras inovações logísticas como a gestão de frotas, estoques, gestão do desgaste de equipamentos, consumo de combustível e planejamento de rotas, temos a inteligência artificial como a próxima fronteira capaz de trazer mais eficiência e segurança para o transporte de cargas, inclusive por meio do gerenciamento remoto de caminhões, diante da identificação de riscos de acidentes; e dos veículos autônomos.

O FUTURO

E esse é apenas um vislumbre do avanço tecnológico no transporte de cargas. No decurso das próximas décadas, as preocupações com segurança – ligadas, por sua vez, aos pilares de sustentabilidade e valorização humana dentro do processo de digitalização – podem ser vetores para inovações sustentadas pelos campos da inteligência artificial, blockchain para o controle de cargas e veículos, e mais conectividade de dados entre empresas e condutores.

ESTRADAS DO FUTURO

Enfrentar o desafio dos acidentes em estradas e rodovias do Brasil não é uma questão simples e, ao mesmo tempo, trata-se de uma demanda que pede urgência. De acordo com dados da CNT (Confederação Nacional de Trânsito), só em 2022, mais de 64 mil acidentes foram registrados no país — desses, 82,1% deixou vítimas, incluindo mortos e feridos. Em termos gerais, o Brasil ocupa a preocupante posição de 3º país com o maior número de mortes no trânsito, conforme relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde). 

A MundoLogística lançou a campanha “Estradas do Futuro”, uma iniciativa que conta com patrocínio da nstech e da Quartzolit, apoio da Onisys, da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e da Associação Brasileira de Logística (Abralog). Por meio da campanha, o intuito é unir os diferentes atores da cadeia logística nacional, difundindo conteúdos educacionais que tragam tanto visibilidade para a pauta da segurança no transporte rodoviário, quanto práticas e divulgação de soluções que possam colaborar com a capacitação e proteção de motoristas.