Realizado nos Estados Unidos, o segundo dia de evento destacou as tendências emergentes em automação logística, desde a utilização de tecnologias até a rápida implementação de sistemas de gestão e veículos autônomos
Por Rodrigo Barros *, Eduardo Tedesco ** e Ricardo Rodrigues ***
Segundo dia da Modex 2024 (Foto: Divulgação)
No segundo dia da Modex 2024, a feira internacional de automação apresentou stands maiores de empresas conhecidas mundialmente, muitas destas de origem americana e europeia. O tamanho desses mercados e seu estágio de maturidade em relação à aplicação de automação fomenta o setor de tecnologia, sempre exigindo dos fornecedores o padrão “best-in-class” para ganhos de produtividade e segurança nas operações.
As tecnologias de “smart vision” têm sido amplamente utilizadas para dimensionamento de embalagens e também, acopladas a veículos como AMRs (Autonomous Mobile Robots) e empilhadeiras, com o foco em localização, garantindo a segurança dos pedestres que transitam perto dos equipamentos e de outros equipamentos e estruturas, evitando colisões.
Os sistemas de gestão da execução da operação e processos dentro do armazém (WES-Warehouse Execution System e LMS-Labor Management System) têm ganhado espaço como complementos importantes ao já conhecido WMS para otimizar e usar de forma mais inteligente a capacidade e os recursos de uma operação, planejando e orquestrando a operação de forma eficaz para cumprimento do nível de serviço.
As tecnologias de veículos autônomos, como as empilhadeiras e transpaleteiras que dispensam a necessidade do operador, também se apresentam com soluções maduras e mais acessíveis, confirmando que este é um caminho sem volta. A operação, gestão e comando desses equipamentos é realizada por um sistema exclusivo (RMS-Robot Management System) que, atuando de forma integrada ao WMS, permite que este sistema comande as atividades necessárias para atendimento dos pedidos sem a necessidade de intervenção humana.
Todas as soluções, quer sejam de automação ou sistemas, tem se adaptado para um modelo de implantação mais rápido por meio de parametrizações ágeis e expansão modular. Logo, a tendência tem sido a redução do tempo de implementação, mas é importante ressaltar que há etapas críticas anteriores a qualquer implementação que precisam ser bem seguidas: o aprimoramento e entendimento do processo, com identificação dos objetivos e problemas que a automação vem resolver, além da seleção e dimensionamento correto da tecnologia correta para cada aplicação.
Se por um lado há uma crescente variedade de soluções e com facilidade de implantação e operação, deve-se tomar o cuidado para selecionar e implantar corretamente a melhor solução para cada operação.
Uma vez selecionada e especificada a tecnologia correta, os AMRs se destacam na velocidade de aquisição de implantação: já considerando o processo de importação, parametrização e implementação, o tempo de implantação para esta tecnologia tem reduzido para até 90 dias na maioria das situações. Isso sem falar na facilidade/rapidez de expansão e remanejamento de equipamentos entre operações que esta tecnologia permite, trazendo alta flexibilidade e adaptabilidade às operações.
Os sistemas de LMS têm seguido a mesma linha, com as novas soluções podendo ser implantadas em poucas semanas, já trazendo melhorias comprovadas para a gestão da operação e redução de custos operacionais.
* Rodrigo Barros é sócio-diretor na Connexxion Brasil.
** Eduardo Tedesco é sócio-diretor na Connexxion Technologies.
*** Ricardo Rodrigues é sócio-diretor na Connexxion Consulting.