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Brandili automatiza centro de distribuição com sistemas da Ulma

Publicado em 03/03/2015

Empresa de Santa Catarina está na vanguarda do setor textil, com grande e internacional projeto de automatização

A Brandili, empresa do ramo têxtil infantil, acaba de inaugurar seu novo centro de distribuição totalmente automatizado pela Ulma Handling Systems, na cidade de Apiúna, Santa Cartarina, em uma ação que envolve investimentos de mais de R$ 70 milhões, nos últimos cinco anos, para modernizar seus parques fabris, sistemas integrados de informação e inovação em tecnologia agregada à cadeia logística. A empresa produz, anualmente, 14 milhões de peças, chegando a 67% das cidades brasileiras.

O processo teve início em 2011, a partir de um plano director, que envolveu a expansão dos processos industrial e logístico da Brandili. “Esse projeto é um marco para a indústria têxtil brasileira, pois mostra a revolução na modernização das empresas, no que se refere às melhores práticas logísticas em armazenagem e separação de pedidos”, destaca o diretor de Operações da ULMA para América do Sul, Gorka Sudupe.

A Brandili apresentava, antes da solução da Ulma, um processo de armazenagem completamente manual: as caixas com produtos ficavam empilhadas em galpões de cerca de 2.000 m2 e, na preparação de pedidos, utilizavam-se listas impressas em papel. O resultado era o uso intenso de mão de obra e grande movimentação de pessoas pelo espaço de armazenagem.

A análise aprofundada dos aspectos qualitativo e quantitativo indicou um perfil de movimentação complexo na Brandili, pelas diversas coleções de roupas simultaneamente em estoque, além de itens com movimentações e volumes muito distintos. Para absorver a novidade, a Brandili enfrentou alguns desafios expressivos e simultâneos: a construção de um novo armazém e preparação de pedidos, o redimensionamento de volumes, fluxos e frequências dos productos, e o convencimento da equipe de colaboradores de que a nova solução criaria mais valor aos clientes da empresa, melhorando as condições de trabalho e proporcionando crescimento profissional.

A solução automatizada
A Brandili é a primeira empresa brasileira do setor de moda infantil a adotar uma solução modular, versátil e preparada para se adaptar às demandas de mercado e do cliente, como novas políticas de serviços e tipos de produto. A ousadia dessa empresa de médio porte a levou a investir em uma série de pré-requisitos para atingir esse nível de automatização, envolvendo desde o planejamento da demanda, formato de vendas, planejamento industrial e logística, tendo a tecnologia da informação como suporte.

A nova geração de soluções logísticas com os sistemas FSS (uma inovação evolutiva dos antigos miniload) da Ulma-Daifuku são referência de inovação tecnológica e se converteram em uma ferramenta transversal para empresas em todo o mundo, que querem ter um futuro com crescimento modular, melhorar a qualidade de seus processos, controlar inventários, fazer gestão de rastreabilidade, reduzir tempos de entrega e erros, e que buscam alcançar sua meta de produtividade.

A Brandili, acompanhando a experiência da Ulma no setor têxtil, em outros países, será pioneira nos ganhos com esse tipo de sistema automático e terá à sua disposição um sistema logístico composto por dois FSS e um sistema de sorter de alta cadência de classificação por dupla bandeja, gerenciados por um WMS (software de gestão de armazéns) desenvolvido sob medida. Dispositivos put to light guiarão, de forma intuitiva, os operadores no processo de separação multipedido.

“O mito de que uma operação automatizada só pode ser implantada em grandes centros e em empresas que trabalham com produtos de altíssimo valor agregado foi superado com esse projeto. A Brandili vem se profissionalizando, desde a gestão até os processos fabris e logísticos, e não hesitou em ousar com uma solução de última geração para manter-se competitiva. O ganho foi, sem dúvidas, para o mercado brasileiro”, afirma Sudupe.

Resultados
O sistema automatizado já traz impactos positivos a serem compartilhados. Sigfrid Hornburg, responsável pela cadeia logística da Brandili, descreve como positivos a maior independência em relação à mão de obra, a agilidade na separação dos pedidos, a acuracidade e a segurança no estoque. Com controle acurado e organização, o giro de produtos aumenta (3.500 é a média de Stock Keeping Unit (SKUs) por coleção da empresa), consequentemente, os estoques reduzem. “Esses fatores contribuíram e muito para a adoção da solução Ulma.”

Em números atuais, antes havia uma produtividade média de separação da ordem de 300 peças por hora/separador, no modelo tradicional e manual de separação, e evoluiu para um expressivo ganho de produtividade com a separação automatizada, em torno de 1.000 a 1.500 peças separadas por hora/separador.

Outra melhora significativa obtida pela Brandili foi para seus colaboradores: a ergonomia em seus processos e a qualidade em geral dos trabalhos no armazém, como a redução dos longos deslocamentos, a redução da movimentação e elevação manual de caixas com produtos, e os postos de trabalho, tanto do sorter, quanto das áreas de multipedidos, adequadamente dimensionados aos usuários, no que se refere às alturas dos postos, movimentação e manuseio.

O diretor-geral da Brandili, Eduardo Bertoldi de Salvo, comemora os ganhos iniciais da solução e ressalta que os desafios de controle e movimentação de mercadorias no setor têxtil são significativos e podem ser restritivos ao crescimento, caso não se pense em logística integrada. “Avaliando a estratégia de longo prazo de nossa empresa, a automatização é algo que colabora para direcionar nossos colaboradores para atividades cada vez mais especializadas, reduzindo a exigência de pessoas na movimentação básica de mercadorias. É relevante ganhar agilidade e precisão para girar mais rápido nossos estoques e abastecer nossos clientes no tempo certo, com o produto requerido.”