Analise está detalhada nos dois volumes do “Transporte em Foco”, com o objetivo de demonstrar cenário para infraestrutura e inovação e como são distribuídos os aportes para o setor
Por Aclizio Valério, com informações de CNT
Foto: Rafael Neddermeyer (Governo Federal)
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou nesta semana os dois novos volumes da série “Transporte em Foco”, feitos com a finalidade de entender a dinâmica de alocação dos recursos públicos federais no setor de transporte. O estudo contempla o período entre 2001 e 2021.
Segundo a entidade, o objetivo é informar a sociedade, com foco nos transportadores, para auxiliar na tomada de decisão e nos pleitos junto aos agentes públicos, contribuindo com propostas para a inovação, modernização, infraestrutura e retomada de investimento no setor.
De acordo com os dados relevados pelo estudo, a alocação dos recursos nas últimas décadas torna-se relevante à medida que transita no Congresso Nacional a discussão em torno do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2023. Hoje, a proposta reduziu em R$ 1,03 bilhão os investimentos do Ministério da Infraestrutura.
Como o crescimento do volume de reservas às emendas de relator geral (R$ 19,4 bilhões) e bancadas estaduais (R$ 7,7 bilhões) no PLOA 2023, a CNT destacou que aumenta a preocupação dos transportadores de que os recursos sejam destinados para outras finalidades.
Para conferir os dados na íntegra, basta acessar as partes 1 e 2 do estudo no site da CNT.
DESTAQUES DAS PUBLICAÇÕES
- A CNT estima que são necessários R$ 865,38 bilhões para viabilizar projetos de destaque em infraestrutura de transporte;
- O valor corresponde a 10,0% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 (R$ 8,7 trilhões);
- No entanto, de 2001 a 2021, o governo federal investiu R$ 319,65 bilhões em infraestrutura de transporte, 36,9% do montante estimado pela CNT;
- Houve redução de 69,1% no valor pago pelo governo federal em investimentos em infraestrutura de transporte entre 2010 e 2021;
- De 2013 a 2021, os investimentos privados em infraestrutura de transporte foram 70,0% superiores ao despendido pelo governo federal;
- De 2001 a 2021, o modo rodoviário recebeu 71,0% dos investimentos públicos, seguido do aéreo (12,9%), do ferroviário (11,3%) e do aquaviário (4,8%).