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Estudo da IBM: Infraestrutura de tecnologia deve ser desafio para Supply Chain no Brasil até 2025

Publicado em 11/10/2022

Questão é prioridade para 67% dos executivos entrevistados; mais da metade dos CSCOs brasileiros declararam ter investido em tecnologia para reagir às interrupções na cadeia de suprimentos

Por Christian Presa, com informações de Assessoria de Imprensa


Foto: Shutterstock

Até 2025, atenções estarão voltadas para viabilizar a tecnologia na logística brasileira: 67% dos líderes de Supply Chain no Brasil elegeram a infraestrutura de tecnologia como o principal desafio nos próximos três anos. Esse é o maior percentual entre os 35 países que participaram do estudo Own Your Transformation, desenvolvido pelo IBM IBV (Institute for Business Value) que teve a participação de 1,5 mil Chief Supply Chain Officers (CSCOs) ao redor do mundo.

Além disso, mais da metade (53%) dos executivos brasileiros declararam usam tecnologias como automação para responder às interrupções na cadeia de suprimentos. Outros percentuais relevantes no Brasil são em relação ao uso de abordagens preditivas para gerenciar riscos (60% dos entrevistados) e à aceleração de investimentos (49% dos participantes da pesquisa). Em ambos os quesitos, os índices brasileiros são superiores ao restante da América Latina.

Entre as tecnologias que os executivos do Brasil mais acreditam que auxiliarão os resultados da cadeia de suprimentos até 2025 estão inteligência artificial e machine learning (49%) e nuvem híbrida (40%).

De acordo com o head da IBM Consulting no Brasil, Marco Kali, o estudo demonstra que os líderes de Supply Chain estão repensando as operações tendo como referência os deságios enfrentados por questões como o pico da pandemia de Covid-19, inflação, mudanças climáticas e eventos geopolíticos. “A grande maioria está aumentando os investimentos para transformar seus fluxos de trabalho com automação e IA e se aliando ao ecossistema para ser mais sustentável e gerar uma experiência mais satisfatória para os consumidores”, destacou.

Outra questão ressaltada pelo estudo da IBM foi o impacto da sustentabilidade como propulsora de mudanças: 36% dos CSCOs brasileiros colocaram a questão como prioridade e 40% também enxergam a sustentabilidade como desafio para os próximos três anos. Em relação a investimento em sustentabilidade, 4 em cada 10 executivos entrevistados no Brasil (42%) acreditam que essa estratégia acelerará o crescimento dos negócios.

A visão em relação à sustentabilidade é um reflexo da pressão que os CSCOs têm experimentado. De acordo com a pesquisa, 56% dos entrevistados disseram sentir influência direta ao tema por parte de investidores e membros do conselho e 53% relataram ver essa demanda vindo dos clientes.

Em parceria com a Oxford Economics, o estudo foi parte da 26ª edição da série IBM C-suite Study e teve a participação de 1,5 mil CSCOs e COOs (Chief Operation Officer) de 24 indústrias em mais de 35 países. A íntegra dos dados está disponível no site oficial da IBM.

GRUPO INOVADOR

Entre os executivos entrevistados, 20% deles foram apontados como referência por acelerar a inovação baseada em dados. De acordo com o estudo da IBM, o grupo inovador teve crescimento de receita anual 11% maior que as outras empresas participantes.

Entre as ações de destaque está a integração de fluxos de trabalho automatizados em funções organizacionais e com parceiros – que foi 95% maior do que entre os outros CSCOs). Com tal estratégia, os executivos buscam obter visibilidade, insights e ação em tempo real.

No grupo inovador, 56% dos participantes operam em nuvem híbrida e 60% estão investindo em infraestrutura digital para dimensionar e agregar valor. O foco em segurança cibernética também é 20% maior nesse grupo do que entre os outros CSCOs.

Sobre sustentabilidade, 58% deles veem na ampliação de iniciativas uma oportunidade de melhorar o envolvimento do cliente com a marca.