Logística do Futuro: 2º dia é marcado por fala de Amyr Klink e discussões sobre eficiência

Evento realizado pela MundoLogística também destacou planejamento estratégico, avanços tecnológicos e práticas sustentáveis para enfrentar os desafios do setor

Publicado em 04/10/2024 — por Christian Presa
Logística do Futuro: 2º dia é marcado por fala de Amyr Klink e discussões sobre eficiência
Palestra de Amyr Klink abriu o segundo dia do evento (Foto: Christian Presa)

No segundo dia de evento (03/10), o Logística do Futuro seguiu a agenda focada em inovação e tendências do setor para os próximos anos. A manhã foi iniciada com a palestra de Amyr Klink, navegador, remador, piloto, economista, palestrante e autor brasileiro.

Ele foi o primeiro a atravessar o Oceano Atlântico a remo, saindo da Namíbia e chegando ao Brasil, em 1984. Também realizou a primeira circunavegação solo e sem paradas na Antártica.

Na palestra, Klink relembrou como começou a navegar de forma despretensiosa, superando o medo do mar e se apaixonando pelo universo das pequenas navegações. Ele enfatizou que o sucesso em suas travessias não dependia de força ou talento, mas sim de planejamento e sincronismo com a equipe. “No mar, a gente aprende muito mais com os fracassos do que com o sucesso”, disse, ressaltando como o estudo dos erros foi fundamental para seu sucesso.

Amyr destacou que erros simples, como falta de uma dieta balanceada ou cálculo incorreto de rota, causaram o fracasso de outras expedições, mostrando a importância de um planejamento cuidadoso, seja em travessias marítimas ou na logística.

OPERAÇÕES SEGURAS E EFICIENTES

Em seguida, no painel “Tecnologia garantindo controle e agilidade: sua operação mais segura e eficiente” reuniu grandes nomes do setor, como Antenor José Frasson Júnior, diretor da PACCAR Parts América do Sul, Kassio Seefeld, CEO da TruckPag, e Márcio Chaer, diretor de operações de transportes do Magalu.

Antenor Frasson destacou a importância da logística além da simples entrega de produtos, enfatizando o papel fundamental da experiência do cliente. “Logística é agregar valor e experiência ao produto. O cliente passa por todos os processos e serviços, e tudo isso precisa ser bem feito para superar suas expectativas”, afirmou. Ele também ressaltou a importância das pessoas para o bom funcionamento da cadeia logística, garantindo um atendimento eficiente e ágil.

Márcio Chaer trouxe à tona o impacto do custo de manutenção e perda de receita em operações paralisadas, especialmente em entregas urbanas, onde margens são apertadas e prazos curtos. Por outro lado, Kassio Seefeld explicou a evolução da TruckPag como plataforma de gestão de abastecimento, ampliando sua atuação com tecnologia para oferecer processos mais completos e eficientes. Chaer concluiu com um ponto-chave: a tecnologia é essencial para garantir tanto a segurança quanto a eficiência, aspectos fundamentais para o sucesso logístico.

MALHAS LOGÍSTICAS

Explorando a construção de malhas logísticas eficientes e inteligentes, o painel seguinte trouxe Parker Treacy, fundador e CEO da Cobli, Nilton Pimenta Sampaio, VP de Logística da MadeiraMadeira, e André Gavazza, diretor de desenvolvimento da GLP.

Parker Treacy destacou como a tecnologia pode transformar o controle de qualidade nas operações logísticas, apresentando sistemas de automação que monitoram e detectam dados com precisão em tempo real. “Em um segundo, nós podemos detectar mais do que um time de pessoas olhando para a tela”, disse Parker, referindo-se à eficiência dos sistemas. Ele ainda ressaltou que a armazenagem é uma área com grande oportunidade para melhorias tecnológicas, onde muitas vezes o planejamento é bem feito, mas faltam insumos e visibilidade para garantir a execução com qualidade.

Nilton Pimenta Sampaio, da MadeiraMadeira, falou sobre os desafios da entrega perfeita, especialmente em uma operação de dropshipping de grande escala. “Combinar e cumprir a data de entrega é essencial”, afirmou, enfatizando que o modelo da MadeiraMadeira não é o padrão de e-commerce e, portanto, traz desafios únicos.

Já André Gavazza, da GLP, destacou como a empresa se mantém próxima de seus clientes, utilizando pesquisas de mercado para antecipar demandas futuras. "Precisamos antecipar a tendência do que vai ser necessário daqui a cinco anos", afirmou, destacando o ciclo longo do mercado imobiliário logístico.

DESAFIOS GLOBAIS E SUSTENTABILIDADE

A programação de painéis também abordou temas centrais como a sustentabilidade e os desafios globais, com Raphael Cyjon, vice-presidente de Estratégia e Transformação da PepsiCo, Alex Nucci, diretor de Vendas e Soluções da Scania, e Aline Ribeiro, Partner Supply Chain na BCG, que compartilharam visões importantes sobre a relação entre sustentabilidade e tecnologia na logística.

Raphael pontuou que o profissional brasileiro é altamente capaz, mas precisa superar o hábito de auto depreciação. Além disso, ele ressaltou o compromisso da PepsiCo com a sustentabilidade: “Agricultura positiva, cadeia de valor positiva e escolhas positivas fazem parte da nossa cultura”. Ele também reforçou que “dados sem ação não constroem nada”, e que é fundamental transformar essas informações em melhorias reais, sendo protagonistas na agenda global de sustentabilidade.

Alex, por sua vez, destacou a tríade entre produto, eficiência e tecnologia como fatores essenciais para a redução de emissões e uma operação mais sustentável. “A tecnologia e a sustentabilidade precisam andar juntas”, disse Alex, ressaltando as evoluções dos veículos da Scania, que contribuem diretamente para a redução de impactos ambientais.

Aline complementou ao falar sobre o papel da telemetria na medição de produtividade e velocidade no varejo, destacando que, além de otimizar processos, é necessário considerar o impacto dessas tecnologias na pegada de carbono ao longo do tempo.

TERMINAIS DE CONTÊINERES E CONECTIVIDADE 5G

No painel sobre o futuro dos terminais de contêineres, especialistas discutiram o impacto da conectividade 5G e das redes privativas nas operações logísticas. Fabiana Morgante de Alencar, IT & Cybersecurity Manager da Brasil Terminal Portuário, Paulo Humberto Gouvea, Diretor de Corporate Solutions da TIM, e Fernando Camargo, Head of Landside Transportation da Maersk, compartilharam experiências e insights sobre como essa tecnologia está transformando o setor.

Fabiana destacou a importância da rede 5G na estabilidade das operações do terminal. “As antenas replicadas proporcionam alta disponibilidade e cobertura suficiente para manter a operação sem interrupções”, afirmou, enfatizando que a empresa está sempre buscando novas tecnologias para elevar o nível do mercado. Fernando complementou ao ressaltar a digitalização das operações e os desafios de integrar tecnologias locais com redes globais. “Nossa operação no Brasil é exemplo no mundo”, disse ele, citando os desafios únicos enfrentados, como a necessidade de imprimir documentos eletrônicos, apesar da digitalização.

Paulo Gouvea da TIM trouxe um exemplo concreto do impacto do 5G: o terminal da Brasil Terminal Portuário, o primeiro da América Latina com tecnologia 5G. Ele explicou que essa conectividade proporciona baixíssima latência e alta velocidade de comunicação, o que transforma a cadeia logística ao habilitar novos níveis de produtividade e interação entre sistemas. “O 5G é a chave para a transformação digital de diversos segmentos da indústria”, disse, ressaltando a importância da conectividade para o futuro da logística.

CADEIA DE ABASTECIMENTO DIFERENCIADAS

A manhã foi encerrada com a fala de Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo no Brasil. O executivo destacou o comprometimento da companhia com a tecnologia e a agenda ESG, especialmente no que se refere à operação de transportes. Atualmente, a PepsiCo dispõe de uma frota das maiores frotas logísticas do setor, com cerca de 4 mil veículos, além de transportadoras parceiras.

“Como parte crucial da nossa agenda ESG, que chamamos de ‘PepsiCo Positive’, temos atuado com ações transformadoras para tornar nossa frota ainda mais sustentável; como o uso de material reciclado para compor a estrutura de algumas carrocerias, a instalação de painéis fotovoltaicos em parte da frota, além de atuarmos com caminhões elétricos ou a gás. Estou ansioso para trocarmos experiências com os grandes líderes do setor”, disse.

VISIBILIDADE PONTA-A-PONTA

No painel “Visibilidade ponta-a-ponta a serviço do cliente”, Marcelo Arantes, COO do Grupo Elfa, destacou o crescente papel que a entrega tem na experiência do consumidor. Segundo ele, a visibilidade em toda a cadeia logística é fundamental para atender as expectativas cada vez mais exigentes dos clientes. “A entrega tem se tornado cada vez mais presente na experiência do cliente. Complexidade na cadeia logística pode se tornar um grande desafio para atender essa demanda”, afirmou. Ele destacou que a jornada digital foi acelerada, especialmente no varejo, e que essa evolução precisa ser acompanhada por processos logísticos mais eficientes.

Arantes também enfatizou que o objetivo das empresas é ganhar cada vez mais a preferência do cliente, e isso se faz oferecendo um serviço completo e integrado. A omnicanalidade, segundo ele, tornou-se essencial, permitindo que o consumidor tenha acesso a produtos e serviços de forma ágil, com a possibilidade de escolha entre diversas modalidades de entrega.

“Quem está melhor colocado nesse processo é o Mercado Livre, que alcançou capilaridade em um modelo que consegue atender a entrega super-rápida, agendada, e ainda ganhar dinheiro”, disse, ao elogiar o avanço logístico da plataforma no Brasil.

Luis Eduardo Chamadoiro, CEO da TPC, também destacou o Mercado Livre como uma referência. “Existe um comércio antes do Mercado Livre e depois do Mercado Livre. Eu, por exemplo, sou um consumidor que quer tudo rápido e na palma na mão. É possível conseguir isso com tecnologia e acuracidade.”

E-COMMERCE E OMNICANALIDADE

Célio Roberto Cantuários, gerente de Logística da Gazin, compartilhou como a construção de um canal online foi essencial para a expansão da empresa e para manter sua competitividade no mercado. “Nosso objetivo foi fortalecer o que já tínhamos de vantagem no mercado, sem sermos reféns de outros marketplaces”, disse.

O executivo ressaltou que o e-commerce não deve ser visto como um concorrente do varejo físico, mas sim como um complemento, capaz de agregar valor à operação e expandir o alcance da marca. “Criamos nosso site próprio, e isso nos permitiu visibilidade no mercado e, ao mesmo tempo, nos tornou mais independentes.”

Rossy Paiva, da Engesystems, complementou ao destacar a importância da automação e da eficiência operacional para a integração dos canais de venda. “Automação e verticalização estrutural podem ser um gargalo na venda dinâmica do e-commerce, mas é preciso aproveitá-las para sermos mais eficientes e competitivos”, afirmou. Segundo ele, a melhoria contínua deve ser uma meta constante, buscando sempre otimizar o atendimento ao cliente e garantir a entrega no prazo e nas melhores condições possíveis.

ESG COLABORATIVO

No painel sobre ESG colaborativo, Marcelo Wittlich, diretor de Supply Chain da GSK Brasil, destacou que a implementação de práticas sustentáveis requer uma mudança de mentalidade em toda a cadeia de valor. “A mensagem é: ESG é uma mudança de comportamento que precisa acontecer com todo mundo. Claro que a gente usa isso de forma competitiva, mas dá para fazer esse impacto ser muito maior se for feito em parceria”, ressaltou, referindo-se à necessidade de colaboração entre diferentes players da indústria farmacêutica para promover ações que realmente façam a diferença.

Kleber Fernandes, diretor de Qualidade e Gestão Técnica da Solistica, trouxe um exemplo prático de como a sustentabilidade pode ser aplicada ao dia a dia das operações. “A cortina vegetal foi algo que começamos em 2018 e já ultrapassamos as centenas de pontos com cortinas vegetais”, disse Kleber, referindo-se a uma ação de mitigação das emissões de CO2.

O executivo ainda reforçou a importância de uma visão integrada e de um inventário completo para medir o impacto das operações logísticas. “Não se trata apenas de carros elétricos ou mudanças de combustível. Precisamos entender o impacto como um todo.”

ROTEIRIZAÇÃO INTELIGENTE

No painel “Do Brasil à Ásia: O impacto global do Google na roteirização inteligente e seus resultados”, Marina Afonso, Head of Channel and Sales do Google, destacou a flexibilidade do sistema de otimização de rotas lançado em maio deste ano. “Você pode ter um negócio simples ou complexo, mas consegue adaptar todas as características na API para trabalhar a otimização de rota de acordo com o seu negócio”, explicou.

Essa personalização permite uma resposta rápida às mudanças nas operações, como a reotimização de um único veículo ou de uma frota inteira, sempre com base nos dados fornecidos pela empresa.

Marina ainda destacou que a ferramenta permite trabalhar com diferentes possibilidades de ajustes em tempo real. “Pegamos todos os dados e imputamos na ferramenta para sempre otimizar”, comentou, reforçando que a tecnologia pode adaptar-se às particularidades de cada operação, seja ela pequena ou de grande escala, e possibilitar melhores decisões logísticas.

VIDEOTELEMETRIA E IA: SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE CARGAS

O painel “Videotelemetria e inteligência artificial como ferramentas para redução de acidentes no transporte de cargas” reuniu especialistas como Márcio Toscano, Diretor Comercial e de Marketing da Autotrac, Leandro Santos, gerente de Tecnologia da Ademir Transportes, e Ricardo Ruiz Rodrigues, sócio da Connexxion Consulting.

Márcio Toscano explicou que a coleta de dados em tempo real é essencial para tomar decisões importantes durante a operação. “Se eu tenho um alerta de velocidade, isso é demonstrado e uma decisão pode ser tomada. Isso é telemetria", comentou.

A tecnologia vai além de simples monitoramento. Márcio enfatizou que os motoristas recebem alertas em tempo real, ajudando a detectar comportamentos perigosos como fadiga, o que reduz significativamente os riscos de acidentes.

Leandro Santos complementou: “Temos uma torre que faz o acompanhamento para garantir o transporte seguro. Obtivemos dados que nos ajudaram a entender as necessidades da nossa operação”, mostrando que a utilização adequada da telemetria e da IA pode transformar a segurança no transporte de cargas.

SUSTENTABILIDADE COMO PARTE ESSENCIAL

Leandro Ferraz, gerente de Riscos da JBS, e Lucas Mendes, CEO da Michelin Connected Fleet, abordaram no painel “Sustentabilidade inserida na cadeia logística” como a preocupação com a segurança dos motoristas e a sustentabilidade caminham lado a lado. Lucas Mendes explicou que o cuidado com os motoristas é uma parte fundamental da agenda ESG, reforçando o pilar social. “Cuidar dos motoristas e da segurança deles é ESG. Isso é cuidar de pessoas”, afirmou, destacando os benefícios das câmeras instaladas nos veículos, que além de garantir a segurança, auxiliam em processos jurídicos para proteger os motoristas.

Leandro Ferraz ressaltou que as empresas que almejam crescimento precisam incorporar a sustentabilidade em suas operações, destacando a meta de se tornar Net Zero até 2040. “A sustentabilidade não é mais uma opção. É uma necessidade, e essa nossa postura impulsiona também os prestadores de serviços com os quais trabalhamos”, disse. Para ele, desenvolver tecnologia sustentável é entender as necessidades do mercado e criar soluções que façam sentido, refletindo uma mudança de dentro para fora.

LOGÍSTICA REVERSA

No painel “Revolucionando a Cadeia Reversa: O Poder dos Serviços Integrados na Logística do Futuro”, Lucas Fiorotto, Head de Transportes das Casas Bahia, destacou a importância da logística reversa no varejo e e-commerce. Segundo ele, o processo é complexo e oneroso, muitas vezes sendo deixado de lado por empresas devido à sua dificuldade.

“Hoje, são transportadoras usando a malha da empresa para fazer a coleta. Isso onera bastante a nossa cadeia de forma geral”, afirmou Fiorotto. Para superar esse desafio, as Casas Bahia buscaram uma parceria com a Mobyan, o que resultou em maior consistência e otimização do processo de logística reversa.

Lucas Faria Rodrigues, diretor de Operações da Mobyan, explicou que a expertise da empresa em logística reversa já faz parte de sua operação, o que facilitou a integração com a cadeia fragmentada do setor. “A nossa ambição é carregar essa modelagem para outros mercados”, afirmou Rodrigues, destacando que a parceria ajudou a reduzir custos e melhorar a eficiência. O projeto piloto, que começou em fevereiro e evoluiu até junho, já abrange 24 estados e teve uma redução de 37% nos custos e 56% na redução de fraudes.

CONECTIVIDADE EM FROTAS EFICIENTES

A conectividade foi tema do painel “O uso da conectividade para uma gestão de frota mais econômica e sustentável”, onde Welington Frugoli, gerente de Frotas da Transul Transporte, e Daniel Rocha, responsável pela Telemetria da Bosch, discutiram os avanços tecnológicos no setor de transporte.

Frugoli destacou que o principal desafio para as transportadoras é reduzir os custos operacionais. “O custo do meio de transporte é o que mais dói no transportador”, afirmou. Para superar esses gargalos, Frugoli defendeu a aposta em profissionais capacitados e no uso de tecnologia para otimizar a gestão de frota.

Daniel Rocha ressaltou que a telemetria é uma das principais ferramentas para melhorar a visibilidade do comportamento do motorista e do desempenho do veículo. “Hoje, a Bosch oferece telemetria para buscar melhorias de performance de veículo e localização”, afirmou. Ele acrescentou que a conectividade e a busca por uma logística mais verde têm aproximado ainda mais as empresas de tecnologia e os frotistas, proporcionando avanços significativos em eficiência e sustentabilidade no setor.

DADOS PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS

No painel “Uso de dados para mitigação de riscos e sinistralidade em operações logísticas complexas”, Dener Araujo, gerente de Governança e Riscos da Grupo Arcelor Mittal, e Ricardo Guirao, diretor de Transportes da AON, exploraram a importância da tecnologia de dados para reduzir riscos no setor de transportes.

Araujo destacou que a apólice de transportes tem um impacto considerável na economia da cadeia logística. “Quando falamos em economia e redução de custos, isso se espalha pela cadeia e os benefícios são imensuráveis”, afirmou.

Guirao apresentou um aplicativo que conecta a companhia de seguros, o cliente final e a AON, permitindo que o cliente acompanhe em tempo real o que está acontecendo com sua carga e se o processo de gerenciamento de riscos está ocorrendo corretamente. “Alguns clientes da AON já usam nossa torre de dados, onde todas as informações de gerenciamento de risco estão conectadas e podem ser analisadas”, explicou.

AMBIDESTRIA: A CADEIA DE ABASTECIMENTO PARA O FUTURO

Na palestra conduzida por Jorge Arias, Head de Google Workspace, foi destacada a importância de decisões rápidas e conectividade na cadeia de abastecimento moderna. “Você precisa tomar decisões em tempo real”, afirmou, ao reforçar que a integração da tecnologia nas operações logísticas permite uma maior agilidade e eficiência.

Ele introduziu o conceito de ambidestria, a capacidade de pensar no presente e no futuro simultaneamente, como essencial para o desenvolvimento de novas soluções de negócios. “É preciso começar a criar novos modelos de negócios. Não fazer nada não é uma opção”, disse Arias.

Arias também abordou a questão da inteligência artificial, desmistificando sua implementação nas operações logísticas. Segundo ele, a IA deve ser vista como um complemento e não uma ameaça. “Vocês não vão ser substituídos pela IA, mas podem ser substituídos por quem trabalha com a inteligência artificial”, destacou, incentivando os profissionais a adotarem novas tecnologias para se manterem competitivos no mercado.

MLOG AWARDS

O encerramento do Logística do Futuro 2024 foi marcado pela primeira edição do “MLOG Awards: Prêmio Executivos de Logística do Ano”, criado pela MundoLogística para reconhecer e celebrar a atuação de profissionais do setor.

A cerimônia de premiação destacou categorias importantes que refletem as demandas do mercado atual, como “Farma e Cosméticos”, “Bens de Consumo”, “Agronegócio”, “Indústria”, “Varejo, “Prestador de Serviços Logísticos (PSL)” e “E-commerce”. Além disso, a premiação teve os destaques “ESG” e “Mulheres na Logística”.

Confira a lista completa de vencedores.