A Maersk recebeu o quinto navio movido a metanol no Porto de Los Angeles, Califórnia (EUA), com 350 metros e capacidade para 16 mil TEUs. Segundo a companhia, o Alette Maersk é o primeiro dos cinco navios porta-contêineres bimotores da empresa a operar nas Américas, cruzando o Oceano Pacífico com metanol como combustível.
A Maersk destacou o desafio que o setor de transporte marítimo enfrenta. “Embora a empresa tenha estabelecido meta de transportar, até 2030, 25% de sua carga marítima usando combustíveis de baixa emissão, atingir esse marco exige uma mudança sistêmica em todo o setor”, disse a companhia em comunicado.
O CEO da Maersk, Vicent Clerc, destacou a necessidade de uma ação global urgente e coordenada, solicitando aos líderes do setor de transporte marítimo e à Organização Marítima Internacional (IMO) que endossem o mecanismo de equilíbrio verde, iniciativa criada para incentivar o transporte marítimo sustentável sem aumentar significativamente os custos do comércio global.
“Nossa nova série de embarcações com motor bicombustível e capacidade para metanol é um começo, mas precisamos de ação imediata e coordenada em todos os setores para implementar uma regulamentação urgente que torne os combustíveis verdes viáveis e acessíveis”, afirmou Clerc.
TRANSPORTE MARÍTIMO
A Maersk lembrou que o transporte marítimo é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, com uma frota global de cerca de 100 mil navios que consomem 300 milhões de toneladas de combustível por ano, gerando 1 milhão de toneladas de emissões de CO2 anualmente.
Apesar do progresso, a companhia enfatizou que as ações governamentais atuais e as melhorias na eficiência energética não serão suficientes para atingir a meta de ser net zero até 2040. “É necessária uma estrutura colaborativa mais forte, juntamente com a implementação de novas diretrizes globais e regionais”, ressaltou a Maersk.
Segundo a companhia, o metanol de baixa emissão de CO2 é uma alternativa importante para descarbonizar o setor. No entanto, esse combustível custa atualmente de duas a três vezes mais do que os combustíveis fósseis e a produção global permanece limitada.
Atualmente, a Maersk possui outras 20 outras embarcações com capacidade para metanol encomendadas.