Primeiro Condomínio Logístico Verde do sul do Brasil

Publicado em 03/11/2011

Empreendimento terá sistemas inteligentes, que incorporam a dimensão do comportamento humano em seu modo de operar

Em dezembro terão início as obras de terraplanagem para a construção do primeiro condomínio logístico verde do Sul do Brasil, que será inaugurado em 2012. Localizado próximo ao Expotrade, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o empreendimento terá uma área de 138 mil metros quadrados e foi projetado para receber a certificação Leed, concedido pelo United States Green Building Council.

Ricardo Bueno Salcedo, diretor da JCR Administração e Participações, proprietária do condomínio, conta que o primeiro passo foi a contratação de uma consultoria. “Contratamos a empresa Cushman & Wakefield para que eles nos orientassem sobre todos os pré-requisitos necessários para a obtenção da certificação”, destaca Salcedo.

O condomínio deverá ter um sistema de telemedição remota, desenvolvido pela SmartGreen do Brasil, que fará a leitura via wireless do consumo de água e energia para cada condômino. “Só esse sistema equivale a nove pontos de um total de vinte para obtenção do selo Leed. Além disso, é capaz de identificar eventuais perdas ou desperdícios. Assim, quando o condomínio estiver em operação, o cliente poderá fazer a gestão em tempo real do seu consumo, contribuindo também para a manutenção da certificação”, afirma Wilson Piccoli, diretor da SmartGreen do Brasil.

Segundo Ricardo Bueno Salcedo, a obtenção do selo Leed começa antes da construção propriamente dita. Cuidados como geração de resíduos durante a obra; economia de água e energia; escolha de materiais apropriados como paver para pavimentação, que permite a circulação de águas pluviais, evitando a impermeabilização dos pátios; uso de vegetação nos telhados para conforto térmico, entre outras, foram estratégias definidas antes da obra começar. Durante a construção, todos os processos serão auditados, com o objetivo de confirmar a eficiência prevista no projeto.

Para Salcedo, comparado com o benefício ambiental obtido e reconhecimento que o pioneirismo da iniciativa proporciona, o acréscimo de custos da ordem de 2% é plenamente justificável.