A Sequoia (SEQ3) terá um novo diretor-presidente a partir de fevereiro de 2025: Alexandre Rodrigues, executivo com experiência executiva em operações Industriais, Logística e Serviços. Ele já atuou em empresas como Ambev, Votorantim e, mais recentemente, como COO na Ouro Verde/Unidas.
Rodrigues assumiu nesta semana como CEO interino, em um processo de transição que preparará o executivo para o cargo de diretor-presidente. O mandato se iniciará em 1º de fevereiro do próximo ano.
O atual diretor-presidente, Armando Marchesan Neto, que está no comando da empresa nos últimos 13 anos, deixará o cargo a partir de 1º de fevereiro de 2025, assumindo uma posição no Conselho de Administração da empresa, além de liderar Comitês de S&OP (Sales and Operations Planning).
“Com o apoio de todos os nossos colaboradores e parceiros, vivenciamos juntos uma longa jornada de construção de uma empresa que se tornou referência em logística de entregas, levando-a ao topo do setor, até sua abertura de capital na B3”, destacou Neto. “Mais recentemente, atuamos também ao lado da Administração e de nossos demais acionistas no processo de reestruturação da companhia, e, nesta nova fase, minha contribuição se manterá em outro perfil, aportando a visão estratégica e os conhecimentos que adquiri na empresa e no segmento em todos estes anos.”
O novo executivo chega com a missão de liderar a companhia na fase final do turnaround, equilibrando a necessidade de redução de custos e conclusão da reestruturação em curso com a retomada do crescimento. Segundo a Sequoia, os focos do Rodrigues serão as unidades de negócio Expresso, B2C (Encomendas e Dedicados) e FTL (Full Truck Load).
“Estou bastante empolgado com o desafio. Liderar uma empresa neste momento de reestruturação é um marco na carreira de qualquer executivo. As empresas do grupo sempre foram referência para o setor e juntamente com o time, construiremos um futuro forte e rentável”, afirmou o CEO interino, Alexandre Rodrigues.
REDUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
No final do ano passado, a Sequoia iniciou a reestruturação da companhia visando o crescimento futuro de forma sustentável, com o objetivo de ampliar a solidez e capacidade de atendimento aos clientes com excelência e agilidade.
Duas etapas do processo de reestruturação do endividamento já foram concluídas. A empresa converteu em ações R$ 582 milhões de uma dívida financeira total de R$ 750 milhões com os credores financeiros, bancos e debenturistas, alongando o restante para a partir de 2027. Já com os credores não financeiros, finalizou a negociação com adesão de 55% dos que detêm créditos em aberto, de uma dívida total de R$ 295 milhões.
Dessa forma, o passivo que, há cerca de um ano, era superior a R$ 1 bilhão, foi reduzido para R$ 250 milhões — queda de quase 75% da dívida original.
Para o novo ciclo a partir de 2025, a administração vislumbra um negócio com mais solidez e rentabilidade. “Há, assim, um claro divisor de águas que requer do Grupo Move3 Sequoia a tomada de novas decisões, pensando nos próximos 2 a 3 anos de retomada do crescimento, e no longo prazo para o desenvolvimento sustentável”, disse Marchesan.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Sequoia, Eric Fonseca, esse é o momento certo para início de um processo gradual e estruturado de transição da liderança executiva da empresa, “buscando somar perfis e competências do mercado para a busca dos nossos objetivos dos próximos anos”.
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