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Vale, Komatsu e Cummins vão desenvolver caminhões bicombustíveis movidos a etanol e diesel 

Publicado em 16/07/2024

Parceria busca reduzir emissões diretas de CO2 em até 70% em relação ao motor movido a diesel; de acordo com as empresas, serão os primeiros caminhões desse porte a rodar com etanol  

Por Redação 

Vale, Komatsu e Cummins vão desenvolver caminhões bicombustíveis movidos a etanol e diesel 
Os caminhões adaptados utilizarão até 70% de etanol na mistura (Foto: Shutterstock)

Vale e Komatsu assinaram um acordo para desenvolver e testar, em parceria com a Cummins, caminhões fora de estrada bicombustíveis, movidos a uma mistura de etanol e diesel. De acordo com as empresas, serão os primeiros caminhões desse porte no mundo – com capacidade entre 230 e 290 toneladas – a rodar com etanol no tanque, em um investimento conjunto em pesquisa e desenvolvimento. 

Os caminhões adaptados utilizarão até 70% de etanol na mistura e a redução nas emissões diretas de CO2 será de até 70% em relação aos veículos movidos a diesel. Ao longo dos próximos dois anos, o projeto prevê o desenvolvimento, testes e implantação dos motores movidos a etanol e diesel, fabricados pela Cummins.  

As emissões de diesel das operações de mina respondem por 15% das emissões diretas de CO2 da Vale. Entre os equipamentos de mina, o caminhão fora de estrada é o maior consumidor de diesel e, portanto, o maior emissor. A opção pelo etanol se justifica por já ser um combustível adotado em larga escala no Brasil, com uma rede estabelecida de fornecimento. 

Colaboração dá início ao Programa Dual Fuel, que deverá contribuir para a Vale atingir as metas de reduzir as emissões de carbono de escopos 1 e 2 (diretas e indiretas) em 33% até 2030 e zerar suas emissões líquidas até 2050. 

DESCARBONIZAÇÃO NA VALE 

Em 2020, a Vale anunciou investimento entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir suas emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030. “É mais um passo para atingir o objetivo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, em linha com a ambição do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC até o fim do século. A empresa também assumiu o compromisso de reduzir em 15% suas emissões líquidas de sua cadeia de valor (escopo) 3 até 2035”, afirmou a companhia em comunicado.