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O novo imperativo para os negócios: velocidade na cadeia de suprimentos

Publicado em 01/12/2023

Alavancar cadeias de abastecimento de alta velocidade para melhorar a agilidade dos negócios, minimizar os custos logísticos e maximizar a satisfação do cliente; o desafio está posto

Pierre Jacquin *

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Quem não agir com celeridade tende a perder não apenas tempo, mas também atributos competitivos (Foto: Shutterstock)

Hoje, a capacidade de uma empresa atender aos clientes, superar a concorrência e controlar os custos depende e se distingue pela maturidade da sua cadeia de suprimentos. Mas, no nosso novo normal, em que não existe mais normalidade, as cadeias de suprimentos estão repletas de atritos. Atrito externo causado por eventos climáticos extremos, disputas trabalhistas e conflitos políticos, agravado pelo atrito interno de dados compartimentados, design rígido de plataformas e dependência excessiva de processos manuais propensos a erros.

Superar essas múltiplas fontes de atrito e prosperar na economia global de hoje requer uma cadeia de suprimentos de alta velocidade, com visibilidade completa desde a fonte até a porta do cliente, automação eficiente nas instalações e colaboração oportuna com transportadoras, clientes, fornecedores e parceiros. Uma cadeia de suprimentos de alta velocidade permite reduzir os custos logísticos, manter e expandir a base de clientes e otimizar as operações, fazendo o Supply Chain deixar de ser um risco para os negócios para se transformar em um diferencial crítico.

Não é de hoje que ouvimos profissionais da indústria falarem da importância da modernização da cadeia de abastecimento para superar os atritos. Por isso, não causou surpresa que um recente white paper da IDC, patrocinado pela project44, revelou que isso é uma prioridade para os executivos participantes de uma pesquisa. Os entrevistados destacaram novos investimentos em tecnologia e novas abordagens para ganho de visibilidade, controle e previsibilidade nos transportes. À medida que o fazem, uma nova geração da cadeia de suprimentos começa a tomar forma. Uma cadeia de suprimentos que injeta nova agilidade e velocidade para impulsionar reduções de custos, melhores experiências do cliente e a diferenciação no negócio.

“Velocidade” na cadeia de suprimentos refere-se à aceleração do fluxo de operações, minimização de gargalos, redução do trabalho humano, melhoria da qualidade dos dados e eliminação de atrasos na logística. Para alcançar tudo isso, recursos de última geração como visibilidade de ponta a ponta, automação de processos, Machine Learning e análises em tempo real permitem que as empresas não apenas respondam prontamente, mas antecipem e abordem preventivamente possíveis desafios. A mudança é transformadora, alçando empresas de entidades reativas a potências preditivas.

O novo white paper da IDC lança luz sobre o papel crucial da velocidade nas cadeias de abastecimento, trazendo alguns insights importantes:

Eficiência como pedra angular: em todo o mundo, as cadeias de abastecimento estão focando na redução de desperdícios e na eficiência aprimorada. Mais da metade dos entrevistados em todas as regiões identificaram “otimizar a cadeia de suprimentos para reduzir custos” como uma prioridade máxima para seu departamento nos próximos doze meses. A melhor visibilidade foi identificada como uma capacidade-chave para impulsionar a eficiência e aliviar custos, porque não se pode consertar o que não se pode ver.

O imperativo da colaboração: embora haja um reconhecimento generalizado sobre o valor da colaboração e da visibilidade entre as entidades da cadeia de suprimentos, a implementação real está atrasada. O white paper constata que mais de 50% das empresas compreendem que compartilhar dados em um formato digital estruturado fortalece o desempenho do Supply Chain. No entanto, a realidade atual é que menos da metade de todas as informações relacionadas à logística se beneficiam dessa abordagem digital.

O alto custo dos pontos cegos operacionais: as ramificações da visibilidade limitada são evidentes. Em nível alarmante, 32% das empresas se viram pagando a mais pela logística. Além disso, 30% enfrentaram vendas perdidas ou receitas em declínio, e uma porcentagem equivalente enfrentou desafios no planejamento e execução de remessas com custos eficazes. Eliminar esses pontos cegos pode reduzir taxas inesperadas e danos em muitos milhões de dólares.

As interrupções globais nas cadeias de abastecimento alteraram de forma indelével as prioridades estratégicas das organizações. Superá-las é um problema grande demais para ser resolvido com esforço manual e, como resultado, há uma mudança marcante em direção a soluções que ampliam a visibilidade, automação e controle.

As empresas de hoje identificam a falta de colaboração, velocidade e visibilidade como barreiras significativas para o sucesso da cadeia de abastecimento. O antídoto? Alavancar cadeias de abastecimento de alta velocidade para melhorar a agilidade dos negócios, minimizar os custos logísticos e maximizar a satisfação do cliente. O desafio está posto. E quem não agir com celeridade tende a perder não apenas tempo, mas também atributos competitivos que certamente farão diferença enorme na hora dos balancetes.


* Pierre Jacquin é vice-presidente da project44 para a América Latina.

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