A importância das tecnologias flexíveis para o Global Supply Chain

Publicado em 08/05/2023

Entenda o conceito de Global Supply Chain e como essa cadeia impacta diretamente nas atividades de comércio exterior

Por João Abussamra Neto *

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"A Global Supply Chain é uma das engrenagens que movimentam o mundo" (Foto: Divulgação)

As empresas e profissionais que atuam com softwares, estratégias, processos e melhores práticas de logística internacional – tanto na compra, venda ou movimentação de mercadorias, insumos e serviços entre um país e o outro – continuam passando por momentos difíceis. Tais gargalos vêm desde o período da pandemia de Covid-19 e, agora, com as oscilações políticas, a Guerra da Ucrânia e da Rússia – que ainda envolvem os EUA e a China.

Por esses e outros motivos, muitas organizações estão procurando diversificar seus fornecedores de mercadorias, insumos e serviços, mas também parceiros que ajudem a reconfigurar os processos, procedimentos e todas as tecnologias vinculadas ao negócio. Sendo assim, empresas que estavam em um país A e importavam de um país B, agora estão tendo que procurar novos fornecedores para passarem a importar de um país C, o que especialistas já estão chamando de reglobalização.

Diante desse contexto, um termo que está relacionado a essa reglobalização é o Global Supply Chain (que em português pode ser traduzido para Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Global).

COMO O GLOBAL SUPPLY CHAIN IMPACTA O COMEX?

Muitas das empresas, negócios e profissionais não olham somente para os seus negócios. Eles também estão de olho nos negócios, processos e tecnologias dos seus fornecedores, clientes e outros parceiros comerciais para evitarem surpresas e gargalos nos seus próprios negócios. Esse conjunto de regras de governança, softwares, estratégias, processos e melhores práticas de logística internacional que conecta tudo e todos é chamado de Global Supply Chain.

Para se ter uma ideia de como a Global Supply Chain é uma das engrenagens que movimentam o mundo, segundo reportagem publicada pela Bloomberg recentemente, no ano passado, os EUA atingiram um novo recorde de exportações e importações, alcançando incríveis 73 países que receberam exportações norte-americanas e importações de 90 nações, totalizando US$ 690,6 bilhões.

Outro dado importante vem da companhia de navegação dinamarquesa Maersk, responsável por movimentar cerca de aproximadamente 16% de todos os contêineres do mundo e que também pode ser chamada de “termômetro do comércio global”. A companhia disse que o crescimento econômico adormecido deve reduzir os volumes mundiais de transporte de contêineres em até 2,5% em 2023. Sendo assim, o que foi um consumo acima da média, agora está passando por um ajuste acentuado e que, para isso, planeja uma reestruturação para conectar e integrar suas operações terrestres, marítimas e aéreas.

Algumas medidas já estão sendo tomadas pela famosa companhia de navegação, como cortar navios, expandir os serviços de frete aéreo e desenvolver uma rede de armazéns distribuídos para apoiar a empresa na gestão dos fluxos de carga. Todo esse reajuste de peças no tabuleiro corrobora o novo termo de reglobalização.

A INFLUÊNCIA DE TECNOLOGIAS FLEXÍVEIS NA REGLOBALIZAÇÃO NO GLOBAL SUPPLY CHAIN

Enquanto muitos enxergam problemas, outros enxergam oportunidades. Essa máxima do mundo dos negócios anda mais válida do que nunca porque a verdade é que o cenário atual é um ótimo roteiro para a reinvenção. Assim, um dos maiores desafios no Global Supply Chain não é saber o que os profissionais precisam fazer, mas sim saber se estão executando da forma correta.

Além dessa problemática, a questão toda fica ainda mais complexa quando se adiciona o fato de que nos próximos anos os negócios de Global Supply Chain tendem a passar por mais oscilações, obrigando as empresas e executivos a se reinventarem a todo momento. De forma rápida e estratégica, é importante investir, principalmente, em tecnologias e processos que sejam flexíveis para acompanharem a expansão e queda das "ondas empresariais globais".

Por fim, as organizações que querem ou precisam estar alinhadas com esse novo futuro, basicamente devem focar em quatro pontos de inovação: o comercial; a obtenção de resultados sustentáveis; tomadas de decisões em tempo real; e o foco no ser humano.

Mas como fazer isso? Priorizando o roteiro exclusivo de inovação para os próximos anos, entendendo de profissionais, clientes, fornecedores e parceiros comerciais, além de quais expectativas explorar para trazer vantagens competitivas. A inteligência artificial é uma grande aliada, com softwares modernos que não exigem as famosas e caras customizações, que são necessárias para as empresas usuárias a “cada nova onda dos negócios” de Global Supply Chain. Caso contrário, os investimentos dessas soluções acabam não impulsionando os negócios para uma verdadeira reglobalização.


* João Abussamra Neto tem mais de 30 anos de experiência no segmento de softwares de comex. É fundador e diretor de Desenvolvimento da DigiComex.

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