A DHL Supply Chain implementou um projeto para a Nissan que inclui a gestão de armazenamento do centro de distribuição da fabricante de automóveis em Itatiaia (RJ) e assumiu em abril a gestão de transportes da área de aftermarket no Brasil. Segundo a companhia, são milhares peças movimentadas por mês, atendendo toda a rede de concessionárias e distribuidoras da marca japonesa no país.
A DHL Supply Chain faz o transporte rodoviário e aéreo. Para agilizar as entregas, a distribuição pode acontecer da fábrica em Resende (RJ) direto a endereços no Rio de Janeiro ou por meio de voos no aeroporto do Galeão, ou seguir para a matriz de transportes da DHL em Jandira ou o hub aéreo em Guarulhos para conexão com a malha de distribuição nacional.
Segundo a companhia, o processo ocorre com visibilidade do tracking da carga de ponta a ponta, via sistema “DHL MySupplyChain”, e a utilização de veículos elétricos em algumas entregas em grandes centros urbanos. Na área de armazenamento, a operação é totalmente digitalizada, incorporando práticas como a cartonização e o uso de Inteligência Artificial para otimizar a separação de pedidos.
“Fizemos um grande aporte tecnológico nesta operação, cuja complexidade de gestão é grande tanto pelo elevado volume de SKUs como pelo elevado valor agregado e dimensões variadas das peças”, disse a diretora de Operações da DHL Supply Chain, Vanessa Pelintra. “Com essa abordagem, conseguimos atingir níveis altos de acuracidade de inventário, com o status de maturidade atingido na operação a partir de 2023, sensível redução de erros e mais qualidade nas entregas regulares e emergenciais, preparando a operação para este momento de retomada”.
O diretor de Pós-Vendas da Nissan do Brasil, Leonardo Aredias, destacou a importância da eficiência e agilidade no atendimento pós-venda para oferecer uma experiência diferenciada aos clientes. “Então, estamos sempre buscando evoluir a nossa distribuição de peças de reposição, adotando novas tecnologias e processos em todas as etapas que envolvem essa operação extremamente complexa, ainda mais levando em conta as dimensões continentais do Brasil e a grande quantidade de peças que compõe cada veículo […]”, afirmou o executivo.
CARTONIZAÇÃO E IA NA ARMAZENAGEM
De acordo com a DHL, uma prática aplicada é a cartonização, procedimento que reúne em uma caixa especialmente preparada os itens de um mesmo pedido – iniciativa bastante importante para esta indústria, visto que o reparo de veículos, de forma geral, demanda a aquisição de kits de peças. Para fazer isso, a DHL Supply Chain usa um software especializado que faz a cubagem para melhor acondicionamento e volumetria das peças na caixa. Materiais especiais são também incluídos entre as peças para minimizar eventuais choques.
“A cartonização possibilitou uma maior organização e rastreabilidade dos pedidos, reduziu erros e avarias e até reduções de custo pelo melhor aproveitamento dos fretes. Com isso, melhoramos também a prestação de serviços aos concessionários e seus clientes finais, fator muito importante no concorrido mercado automotivo no Brasil”, ressaltou Vanessa Pelintra.
Na área de estocagem e separação, está sendo aplicado um software de Inteligência Artificial que analisa as peças com maior demanda e suas flutuações, permitindo que a DHL Supply Chain posicione estes itens em áreas de mais fácil acesso no estoque.