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Premio BBM: Favela Xpress e Green Mining foram destaque das startups em 2021

Publicado em 30/06/2022

Iniciativas foram as vencedoras da categoria “Startup” da 8ª edição do prêmio, que reconheceu ações e projetos disruptivos de Logística e Supply Chain; inscrições para a edição de 2022 estão abertas

Por Christian Presa


Foto: Reprodução

Anualmente, a MundoLogística realiza o Prêmio BBM Projeto de Logística, uma iniciativa que visa reconhecer e exaltar ações e projetos disruptivos de empresas e executivos do setor. Nesta 9ª edição, o prêmio está com inscrições abertas até 2 de setembro e premiará projetos nas categorias “Melhoria Operacional”, “Tecnologia”, “Inovação”, “ESG” e “Startup”.

O processo, disponível no site oficial do Prêmio BBM, é composto por duas etapas: o preenchimento do formulário online – para ter acesso à ficha de inscrição – e o detalhamento do projeto no documento recebido, que deve ser enviado via e-mail.

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Mas, antes de finalizar as inscrições e iniciar o processo de avaliação – desempenhado por uma banca formada por 12 profissionais que são referência no segmento –, a MundoLogística irá fazer uma retrospectiva dos projetos que foram destaque na edição de 2021.

Nesta primeira reportagem, serão abordados os dois primeiros colocados da categoria “Startup”.

FAVELA BRASIL XPRESS

No Prêmio BBM Projeto de Logística 2021, a iniciativa vencedora da categoria “Startup” foi a Favela Brasil Xpress. Assinado por Cristiano Flores e Silva e Givanildo Pereira Basto, o projeto consiste na inclusão de favelas e comunidades na rota do e-commerce brasileiro.

De acordo com os idealizadores, ao levar a entrega de última milha para dentro das comunidades, o objetivo é obter impacto social, promovendo transformação e dignidade para população e economia das favelas.

“O Favela Brasil Xpress nasceu na favela para favela, com o propósito de entregar a transformação das comunidades através de uma logística participativa, social e inclusiva feita para quebrar as barreiras de acesso. [O foco foi oferecer] um mundo de oportunidades que bate à porta de cada cidadão que vive em comunidades e em áreas de difícil acesso.” – Cristiano Flores e Silva.

A solução criada consiste no mapeamento do território, com a ajuda do conhecimento dos entregadores que moram nas favelas. A necessidade de operar dessa maneira se dá pelo fato de que muitas ruas não possuem CEP ou outra forma de identificação, o que dificulta a rastreabilidade de quem não conhece a região.

Em maio deste ano, o projeto já tinha alcançado a marca de 715 mil pacotes entregues – em agosto de 2021, eram 100 mil.

Além das vantagens garantidas à população das comunidades, a Favela Xpress também representa a expansão das oportunidades para as empresas de e-commerce. Em novembro de 2020, a coluna “Capital”, do jornal O Globo, noticiou que a população favelas tem potencial de consumo de R$159 bilhões por ano.

“É um projeto de enorme valor social, permitindo maior inclusão dos moradores das comunidades, seja pelo acesso à entrega de produtos em suas casas ou pela possibilidade de trabalho nesse processo de entrega”, ressaltou o diretor de Operações da Dafiti Group, Alexandre Faria. “Além disso, criou uma solução para as empresas conseguirem vender para esse público, oferecendo um serviço eficiente em termos de qualidade do atendimento e custo.”

“[Trata-se de] um serviço logístico que nasce de baixo para cima, oportunizando negócios com o sorriso, alegria, criatividade do jeito de ser das comunidades de forma simples, com empatia e muita confiança.” – Givanildo Pereira Basto.

GREEN MINING


Foto: Reprodução

Em meio ao debate crescente e amplificado sobre sustentabilidade, a logística reversa também foi destaque no Prêmio BBM 2021. A segunda colocada da categoria “Startup” foi a Green Mining, que cria para as empresas a possibilidade de recuperação de materiais, inserindo-os novamente na cadeia de suprimentos.

“Desenvolvemos uma tecnologia de logística reversa inteligente para recuperar embalagens pós-consumo e nosso sistema de rastreabilidade garante que todo o material coletado seja enviado para reciclagem. Trabalhamos com coletores registrados (carteira assinada para pessoas com poucas oportunidades de emprego), e priorizamos coletas com triciclos, para evitar emissões de CO2.” – Rodrigo Oliveira, fundador da Green Mining.

Em atividade desde dezembro de 2018, a Green Mining já foi responsável pela coleta e envio para a reciclagem de aproximadamente 1,8 tonelada de materiais de empresas como Ambev, Natura, Unilever e Braskem.

Segundo a Gerente Comercial de Solventes da Braskem, Fernanda Ribaski, participar da estruturação da startup foi uma experiência única. A executiva também foi mentora da Green Mining no programa Braskem Labs.

“Por meio deste case, podemos ver o resultado prático da importância de unir a cadeia em iniciativas que tornem o futuro mais sustentável e o Braskem Labs é uma dessas oportunidades. Futuramente, esperamos poder contribuir ainda mais com a Green Mining e a indústria nacional no retorno de embalagens para a cadeia produtiva”, enfatizou.

 

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