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Pirâmide da mobilidade urbana: você conhece?

Publicado em 18/03/2024

Conheça os pilares de um modelo que leva em conta, sobretudo, os níveis de prioridade de circulação nas cidades, a segurança e a proteção ao meio ambiente

Por Redação

Pirâmide da mobilidade urbana: você conhece?
A transporte de cargas se coloca na penúltima faixa da pirâmide da mobilidade urbana (Foto: Freepik)

A mobilidade urbana – que envolve todo o universo da circulação e trânsito nas grandes cidades – é um dos principais tópicos da sociedade contemporânea e não é por acaso, afinal de contas, estamos falando de um conceito que tem impacto direto nas atividades econômicas, no desenvolvimento arquitetônico dos municípios, no planejamento do tráfego, na segurança e no meio ambiente.

É importante frisar, nesse sentido, que a mobilidade urbana precisa ser pensada tanto a partir da esfera pública – no tocante aos investimentos em infraestrutura capazes necessários para comportar o desenvolvimento das cidades –, quanto na esfera privada e de seus ecossistemas de tecnologia, uma vez que eles são atores essenciais que impulsionam a inovação que também contribuem para a melhoria da circulação de pessoas e veículos nos municípios e grandes metrópoles do Brasil e do mundo.

Dentro desse contexto, por exemplo, o número de negócios digitais de mobilidade urbana mais de 300% no Brasil entre 2019 e 2022, segundo dados de relatório recente da 100 Open Startups.

Em contrapartida, o país está devendo no âmbito dos investimentos públicos em mobilidade: em 10 anos (2013 a 2023), eles caíram para menos da metade.

Para reverter, ao menos em parte, esse cenário, o Governo Federal anunciou um plano no fim do ano passado, com objetivo de financiar ou investir diretamente R$ 33 bilhões até 2026 em novos projetos de mobilidade urbana.

Nos últimos 10 anos, os investimentos em mobilidade urbana caíram para menos da metade no Brasil – mudar esse cenário é essencial para a economia e para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis no país.

O montante, no entanto, ainda fica bastante aquém das reais demandas do país: segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) seriam necessários cerca R$ 295 bilhões em investimentos, até 2042, na infraestrutura de mobilidade urbana – e isso só considerando as 15 principais regiões metropolitanas do país.

Dentro desse contexto desafiador, há também o papel dos condutores e de todos os cidadãos no sentido de favorecer uma circulação segura nas cidades, priorizando aqueles com mais risco em casos de acidentes e também meios de transporte que favoreçam modelos urbanos mais sustentáveis.

Conectando esses esforços (públicos, privados e individuais), a pirâmide da mobilidade urbana – capitaneada por organizações como o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) que atua em prol de mais sustentabilidade nas cidades – visa reforçar as prioridades para uma cultura de mobilidade mais segura, consciente e sustentável.

Confira os 5 pilares desse modelo que sustentam a pirâmide da mobilidade:

1. Pedestres

Na base da pirâmide da mobilidade, temos os pedestres, para os quais todos os esforços têm de ser direcionados, no sentido de facilitar a locomoção, garantir a segurança e a proteção à vida daqueles que, em caso de acidentes ou ocorrências, são sempre os mais expostos a riscos.

E isso inclui um amplo espectro de ações: desde construções que priviligiem a preservação do meio ambiente para a qualidade de vida das populações nas cidades, passando pelo cuidado com calçadas e atenção às necessidades de locomoção de todos os públicos (incluindo portadores de deficiência, idosos, crianças, etc.) e o respeito aos limites de velocidade em vias urbanas.

2. Ciclistas

Além de contribuírem com a sustentabilidade a partir da utilização de um meio de transporte não poluente, os ciclistas também estão muito expostos ao risco de vida em caso de acidentes.

Nesse sentido, a pirâmide da mobilidade urbana coloca os ciclistas em seu segundo estrato de proteção, cabendo ao poder público a construção de ciclofaixas e vias seguras para o trânsito de bicicletas.

3. Transporte público

Logo na sequência, temos o transporte público, cujo impacto na vida da população é evidente: segundo dados do IPEA, quase 50% dos cidadãos brasileiros utilizam meios como ônibus e metrô para trabalhar e para suas atividades de lazer.

Assim, o transporte público tem uma clara influência no fortalecimento das atividades econômicas e culturais em áreas urbanas e, por isso, ele é essencial dentro do contexto da mobilidade urbana.

Para facilitar sua circulação, a infraestrutura de corredores de ônibus e maiores investimentos na construção de metrôs se colocam como essenciais. Do ponto de vista da sustentabilidade, um dado positivo envolve o crescimento no Brasil do uso de ônibus elétricos em diferentes cidades e, atualmente, a Câmara discute um projeto para maiores incentivos nesse sentido.

4. Transporte de cargas

A transporte de cargas se coloca na penúltima faixa da pirâmide da mobilidade urbana em virtude, justamente, de sua importância para a economia e para o fluxo logístico do país.

Dentro desse contexto, eles têm prioridade no trânsito em relação aos carros e motos, bem como, faixas exclusivas na maior parte das estradas, para facilitar sua movimentação e processos de carga e descarga.

5. Motos e carros

Finalmente, os carros e motos fecham a pirâmide da mobilidade urbana e precisam redobrar a atenção no trânsito para garantir um fluxo seguro e uma boa circulação entre todos os componentes da cadeia de mobilidade.

No âmbito da sustentabilidade, é fundamental haver um avanço na indústria de veículos menos poluentes – sobretudo os zero emissores de carbono, como os carros elétricos.

CONCLUINDO: FAZENDO A NOSSA PARTE

Quer contribuir com um modelo de mobilidade urbana sustentável e segura? Confira nossas dicas de atitudes positivas que os condutores podem adotar para um trânsito mais responsável e não deixe de acompanhar os conteúdos exclusivos da campanha “Estradas do Futuro”.

ESTRADAS DO FUTURO

Enfrentar o desafio dos acidentes em estradas e rodovias do Brasil não é uma questão simples e, ao mesmo tempo, trata-se de uma demanda que pede urgência. De acordo com dados da CNT (Confederação Nacional de Trânsito), só em 2022, mais de 64 mil acidentes foram registrados no país — desses, 82,1% deixou vítimas, incluindo mortos e feridos. Em termos gerais, o Brasil ocupa a preocupante posição de 3º país com o maior número de mortes no trânsito, conforme relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde). 

MundoLogística lançou a campanha “Estradas do Futuro”, uma iniciativa que conta com patrocínio da nstech e da Quartzolit, apoio da Onisys, da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e da Associação Brasileira de Logística (Abralog). Por meio da campanha, o intuito é unir os diferentes atores da cadeia logística nacional, difundindo conteúdos educacionais que tragam tanto visibilidade para a pauta da segurança no transporte rodoviário, quanto práticas e divulgação de soluções que possam colaborar com a capacitação e proteção de motoristas.

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