Processos modernos conferem mais eficiência e segurança; linha de Ribeirão está sendo trocada
A VLI anunciou um investimento de mais de R$ 200 milhões em tecnologias para aprimorar a via permanente nos próximos quatro anos. As ações vão alcançar trechos em diversas regiões do país e iniciam uma nova fase nos serviços de manutenção das linhas.
O processo de troca de dormentes da ferrovia ganhou um aliado. O recém-chegado Tie Gang é um conjunto de sete máquinas que automatiza o serviço, desde a retirada do dormente à fixação da peça nova. A atividade ganha em agilidade (mais de 1.000 dormentes por dia) e reduz riscos de acidentes de trabalho.
“É um Tie Gang exclusivo, ele foi pensado para nossa demanda e reúne cinco equipamentos nacionais”, frisa o gerente geral de Engenharia Ferroviária, João Silva Júnior.
Em outra vertente a VLI está aprimorando a Gestão Total do Atrito (GTA) e será, a partir de 2019, a empresa brasileira de logística com maior número de sistemas fixos eletrônicos de GTA nas duas ferrovias sob sua gestão (FCA e FNS).
Esse aparato é formado por dois tipos de equipamentos, os lubrificadores de trilhos e os aplicadores TOR. O primeiro libera graxa nos frisos das rodas dos vagões e permite a distribuição da substância por até quatro quilômetros. Já os TORs garantem a dispersão de um componente para modificar o atrito entre rodas e trilhos oferecendo mais aderência. O alcance também é de 4 mil metros. Em ambos os casos, os equipamentos são acionados por sensores magnéticos mediante a passagem dos vagões.
Já são 88 aparelhos em operação e até o fim do ano que vem serão mais de 200 equipamentos e, em 2022, mais de 300 estarão distribuídos nos três corredores logísticos de maior densidade de tráfego.
Esse reforço na manutenção da ferrovia vai ampliar a vida útil de trilhos, rodas, dormentes e fixações, além de reduzir os riscos de acidentes, ruídos dos trens nas curvas e ainda diminuir o consumo de combustível das locomotivas. “A VLI está aportando tecnologia de ponta nas suas ferrovias. Caminhamos para uma operação cada vezes mais segura e eficiente”, completa João Silva Júnior.