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Maio Amarelo: 5 hábitos no trânsito que aumentam o risco de acidentes

Publicado em 22/05/2024

Em 2023, o Brasil teve quase 68 mil acidentes; veja alguns comportamentos de risco que podem e devem ser evitados para uma maior segurança nas estradas

Por Redação

Maio Amarelo: 5 hábitos no trânsito que aumentam o risco de acidentes
As empresas e operadores logísticos têm um papel crucial no sentido de conscientizar seus condutores (Foto: Shutterstock)

O alto índice de acidentes segue sendo uma das maiores preocupações para o trânsito brasileiro, sobretudo no contexto das rodovias que cortam o país e são a principal via para a distribuição logística em território nacional. Nesse cenário, uma série de hábitos dos motoristas pode potencializar a chance de ocorrências que, nos piores casos, eleva também o número de feridos e mortos nas estradas, para além do impacto econômico que, anualmente, gera gargalos para a competitividade brasileira.

Para termos uma perspectiva mais clara desses impactos, no ano passado, o Brasil teve um total de quase 68 mil acidentes, alta de 4,82% em relação a 2022, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

Além disso, foram mais de 78 mil feridos e 5,6 mil mortes (maior indicador em seis anos), fato que acende um alerta para a necessidade tanto de políticas públicas e campanhas em prol de uma mudança na cultura do trânsito brasileiro, quanto para a própria conscientização de motoristas acerca da mudança de hábitos que põe em risco suas vidas e a de outros condutores, ciclistas e pedestres.

E nesse cenário, as empresas e operadores logísticos têm um papel crucial no sentido de conscientizar seus condutores. Segundo dados da PRF, em 2021, 47% das mortes em rodovias federais tiveram relação com acidentes envolvendo caminhões. Ao todo, mais de 2,5 mil foram registradas, conforme o Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal.

Confira 5 hábitos no trânsito que podem e devem ser evitados.

COMPORTAMENTO E FALHAS HUMANAS

Das 10 principais causas de acidentes nas estradas brasileiras, 9 estão relacionadas a falhas humanas e hábitos de risco por parte dos motoristas.

Sem dúvidas, os motoristas brasileiros enfrentam riscos devido à má qualidade da infraestrutura de nossas estradas e também em razão de fatores externos eventuais, como condições climáticas adversas.

No entanto, uma pesquisa nacional da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego apontou que, das 10 principais causas de acidentes nas estradas brasileiras, 9 estão relacionadas a falhas humanas e comportamentos de risco, incluindo questões que vão da imprudência ao dirigir até o uso de álcool.

Os indicadores dialogam com outros levantamentos que mostram como os hábitos dos motoristas têm um peso decisivo para a redução de acidentes, óbitos e feridos que trazem um panorama de preocupação constante no trânsito.

Veja abaixo 5 comportamentos de risco, com base em uma compilação de diferentes indicadores e estudos:

  • Falta de atenção no trânsito

A falta de atenção segue como a principal causa de acidentes nas estradas brasileiras. Segundo o "Atlas da Acidentalidade" com dados de 2020, por exemplo, a imprudência dos condutores foi responsável por quase 24 mil acidentes.

Além disso, na supracitada pesquisa da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, a falta de atenção compõem o ranking das principais causas de acidentes em conjunto com outros comportamentos humanos de risco, como as reações tardias ou a falta total de reação por parte do condutor.

E, em um trânsito complexo como o brasileiro, manter-se atento é o primeiro e fundamental passo para reduzir drasticamente a chance de causar ou ser vítima de acidentes no volante!

  • Velocidade incompatível

Também presente no levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, a velocidade incompatível (caracterizada principalmente pelo excesso de velocidade) é uma das principais causas de acidentes nas estradas do país e, sem dúvidas, um comportamento que pode ser evitado pelo condutor, que deve sempre respeitar os limites impostos para cada via.

Segundo o último Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal, aliás, a velocidade incompatível foi apontada como a quinta principal causa de mortes nas estradas brasileiras em 2022.

  • Ingestão de álcool

Quase que diariamente, vemos casos sendo noticiados de acidentes no trânsito envolvendo mortos e feridos causados por motoristas alcoolizados. Esse é um dos hábitos mais prejudiciais para a segurança nas estradas e, além de demonstrar total irresponsabilidade por parte do condutor, estamos falando de um comportamento com punição grave e simples de ser evitado.

A ingestão de álcool, no entanto, segue presente nos rankings das principais causas de acidentes no trânsito e, o hábito é especialmente comum entre motoristas homens: segundo dados do Detran-SP, por exemplo, 80% das mortes por beber e dirigir durante o Carnaval foram causadas por condutores do sexo masculino e eles também receberam 70% das infrações.

  • Sono ao dirigir

Ter uma boa noite de sono e dirigir descansado é uma recomendação que qualquer motorista recebe desde os tempos de autoescola e não é por acaso: a sonolência no volante está entre as principais razões que causam acidentes segundo o ranking da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego.

E essa é uma preocupação especialmente relevante para o contexto do transporte logístico, uma vez que os motoristas, muitas vezes, enfrentam longas jornadas potencializando tanto o sono ao dirigir, como outros comportamentos de risco – como o uso de entorpecentes para se manterem acordados.

Respeitar as diretrizes da Lei do Caminhoneiro e oferecer boas condições de trabalho aos motoristas, nesse sentido, são pontos que se colocam como essenciais para a redução desse indicador.

  • Desobediência às leis de trânsito

Por fim, a desobediência às leis de trânsito, como é possível inferir, está entre os hábitos que mais aumentam o risco de acidentes no trânsito.

No Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, dentre as principais causas de ocorrências com mortos e feridos, temos ultrapassagens indevidas, desrespeito à preferência no cruzamento e ao sinal vermelho, deixar de manter distância do veículo a frente e acesso irregular à pista por parte do condutor.

Todas essas questões, além de evitáveis, são passíveis de multas e autuações por parte dos órgãos de fiscalização do trânsito.

MAIO AMARELO, O MÊS DA CONSCIENTIZAÇÃO NO TRÂNSITO

As empresas e operadores logísticos têm um papel crucial no sentido de conscientizar seus condutores: segundo dados da PRF, em 2021, nada menos que 47% das mortes em rodovias federais tiveram relação com acidentes envolvendo caminhões. Ao todo, mais de 2,5 mil foram registradas, conforme o Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal.

E o mês de maio é um período especialmente importante dentro da busca por uma mudança de cultura no trânsito brasileiro. Durante as próximas semanas, publicaremos uma série de artigos e reportagens relacionadas com o Maio Amarelo, movimento internacional que tem como objetivo é chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, estimulando a adoção de hábitos seguros por parte dos condutores, pedestres, ciclistas e demais usuários das vias públicas.

ESTRADAS DO FUTURO

Enfrentar o desafio dos acidentes em estradas e rodovias do Brasil não é uma questão simples e, ao mesmo tempo, trata-se de uma demanda que pede urgência. De acordo com dados da CNT (Confederação Nacional de Trânsito), só em 2022, mais de 64 mil acidentes foram registrados no país — desses, 82,1% deixou vítimas, incluindo mortos e feridos. Em termos gerais, o Brasil ocupa a preocupante posição de 3º país com o maior número de mortes no trânsito, conforme relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde). 

MundoLogística lançou a campanha “Estradas do Futuro”, uma iniciativa que conta com patrocínio da nstech e da Quartzolit, apoio da Onisys, da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e da Associação Brasileira de Logística (Abralog). Por meio da campanha, o intuito é unir os diferentes atores da cadeia logística nacional, difundindo conteúdos educacionais que tragam tanto visibilidade para a pauta da segurança no transporte rodoviário, quanto práticas e divulgação de soluções que possam colaborar com a capacitação e proteção de motoristas.

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